terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Movimento LGBT quer colorir
Esplanada dos Ministérios
em 1º de janeiro


A militância do Distrito Federal está convocando pessoas LGBT de todo o Brasil para comparecer à cerimônia de posse de Dilma Rousseff em 1º de janeiro. Entendendo a importância da presença dos coloridos no momento em que o País ganha nova governante, grupos como o Estruturação, Vodka Blush, Vida Viva, Cores, Elos, ANAV-TRANS, ACOS, HABRA e FEMUBE estarão na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, a partir das 14 horas. A ideia é deixar claro que questões como a criminalização da homofobia e garantia de cidadania plena precisam entrar na agenda do governo federal.

"Temos que mostrar a nossa cara e cobrar políticas públicas do novo governo", diz George Lima, assessor na Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República e um dos articuladores do ato. De acordo com o militante, o movimento do Distrito Federal apoiará no que for possível pessoas e grupos que queiram participar da posse. "Já estamos em contato com a equipe que cuidará da segurança da posse para determinar quais materiais de apoio serão aceitos na Esplanada dos Ministérios e como organizaremos tudo para receber os ativistas", esclarece.

Ainda segundo Lima, a presença dos LGBT neste momento histórico tem dois significados: o primeiro é de cobrança para a implantação de políticas públicas que combatam a discriminação por orientação sexual e respeitem os direitos humanos. "O outro significado é mais simbólico: vamos comemorar a democracia, a transição entre dois governos eleitos democraticamente. E é claro a posse da primeira mulher presidente do Brasil", afirma.

Se você vai estar na cerimônia, não esqueça de levar sua bandeira nem de entrar em contato com George pelo e-mail francisco.george@ig.com.br para saber mais como participar.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Papa Bento XVI assiste a show
de acrobatas saradões
estilo gogo boy


Acrobatas saradões, com dorsos malhados se apresentaram para o papa Bento XVI, deixando o papa de boca aberta e as freiras espevitadas....

Os acrobatas são os russos Irmãos Pellegrini que estavam presentes na audiência-geral realizada no dia 15/12. Audiência que o papa sempre faz com os fiéis.

Agora, amigos, me digam o papa gostou ou não gostou.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Curta nacional
"Eu Não Quero Voltar Sozinho"


Eu Não Quero Voltar Sozinho é um curta-metragem nacional do diretor e roteirista Daniel Ribeiro, que relata a inocência descoberta do amor entre dois adolescentes gays. Os personagens são interpretados por Guilherme Lobo, Fábio Audi e Tess Amorim.

O enredo conta a história de Leonardo, um deficiente visual que muda toda a sua vida com a chegada de um novo aluno na escola. Ele precisa lidar com o ciúme da melhor amiga, enquanto tenta entender os sentimentos despertados pelo novo amigo.

No Festival de Cinema de Paulínia 2010 o curta levou os dois melhores prêmios de curta-metragem nacional.

Veja abaixo o trailer do curta.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

A marra de um Macho
de véu e grinalda


Alexandre Frota -  ensaio para revista Trip

Podem falar o que quiserem de Alexandre Frota, menos que o mesmo seja machista ou conservador. Alexandre adora quebrar paradigmas, principalmente do macho latino. Ele é ator, diretor, produtor musical e jogador de futebol americano. Na sua carreira artística já fez pornô com travesti e posou para revista gay e, agora, realizou um ensaio para a revista “Trip” vestido de noiva – com direito a véu, buquê e salto alto.

Reafirmou em uma entrevista a fama de machão pegador: “Eu pego a mulher que me dá vontade de pegar. Sou admirador de mulher, de todo o tipo”.

Esse é o polêmico Alexandre Frota,  ex-global e ex-marido de Cláudia Raia.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Fausto Silva
um ativista contra a homofobia

O apresentador da rede Globo, Fausto Silva, tem aproveitado o seu programa aos domingos e seu poder de comunicador para condenar a homofobia, que assola o nosso país. Fausto Silva tem se tornado um ativista da luta contra a homofobia, por esse seu trabalho social em prol da comunidade LGBT merece o nosso respeito e admiração.

No domingo, 19/12, Fausto fez com que o padre Fábio de Melo e a pastora Ludmila expusessem sua opinião sobre o preconceito contra lgbt e contra tanta homofobia que vem ceifando vidas.

Veja o vídeo abaixo.

Maria do Rosário será
a nova ministra
dos Direitos Humanos


A presidenta Dilma Rousseff escolheu e convidou para compor seu ministério, Maria do Rosário, deputada federal petista pelo Rio Grande do Sul, que assumirá como ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República.

Maria do Rosário é uma das ativistas da luta contra a homofobia, inclusive foi uma das fundadoras da Frente Parlamentar pela Cidadania LGBT no Congresso Nacional e já declarou que vai continuar a luta pela livre orientação sexual, na Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República. Ela é parceira do movimento LGBT organizado e tem várias iniciativas legislativas que reconhecem direitos de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais.

A pasta dos Direitos Humanos foi comandada por Paulo Vanucchi durante todo o governo do presidente Luiz Inácio Lula.

domingo, 12 de dezembro de 2010

Violência Contra Homossexuais


O médico Dráuzio Varella assinou um artigo na folha de S. Paulo no dia 4 de dezembro, com o título de “Violência Contra Homossexuais”. A clareza com que o Dr. Dráuzio Varella expõe a condição das pessoas homossexuais é importantíssima e merece ser divulgada, por isso estou colocando na íntegra o texto para que todos vocês  possam lê.

Violência contra homossexuais
________________________________________

Negar direitos a casais do mesmo sexo é imposição
que vai contra princípios elementares de justiça
________________________________________

Dr. Dráuzio Varella

A HOMOSSEXUALIDADE é uma ilha cercada de ignorância por todos os lados. Nesse sentido, não existe aspecto do comportamento humano que se lhe compare.

Não há descrição de civilização alguma, de qualquer época, que não faça referência a mulheres e a homens homossexuais. Apesar de tal constatação, esse comportamento ainda é chamado de antinatural.

Os que assim o julgam partem do princípio de que a natureza (leia-se Deus) criou os órgãos sexuais para a procriação; portanto, qualquer relacionamento que não envolva pênis e vagina vai contra ela (ou Ele).

Se partirmos de princípio tão frágil, como justificar a prática de sexo anal entre heterossexuais? E o sexo oral? E o beijo na boca? Deus não teria criado a boca para comer e a língua para articular palavras?

Se a homossexualidade fosse apenas uma perversão humana, não seria encontrada em outros animais. Desde o início do século 20, no entanto, ela tem sido descrita em grande variedade de invertebrados e em vertebrados, como répteis, pássaros e mamíferos.

Em alguma fase da vida de virtualmente todas as espécies de pássaros, ocorrem interações homossexuais que, pelo menos entre os machos, ocasionalmente terminam em orgasmo e ejaculação.

Comportamento homossexual foi documentado em fêmeas e machos de ao menos 71 espécies de mamíferos, incluindo ratos, camundongos, hamsters, cobaias, coelhos, porcos-espinhos, cães, gatos, cabritos, gado, porcos, antílopes, carneiros, macacos e até leões, os reis da selva.

A homossexualidade entre primatas não humanos está fartamente documentada na literatura científica. Já em 1914, Hamilton publicou no "Journal of Animal Behaviour" um estudo sobre as tendências sexuais em macacos e babuínos, no qual descreveu intercursos com contato vaginal entre as fêmeas e penetração anal entre os machos dessas espécies. Em 1917, Kempf relatou observações semelhantes.

Masturbação mútua e penetração anal estão no repertório sexual de todos os primatas já estudados, inclusive bonobos e chimpanzés, nossos parentes mais próximos.

Considerar contra a natureza as práticas homossexuais da espécie humana é ignorar todo o conhecimento adquirido pelos etologistas em mais de um século de pesquisas.

Os que se sentem pessoalmente ofendidos pela existência de homossexuais talvez imaginem que eles escolheram pertencer a essa minoria por mero capricho. Quer dizer, num belo dia, pensaram: eu poderia ser heterossexual, mas, como sou sem-vergonha, prefiro me relacionar com pessoas do mesmo sexo.

Não sejamos ridículos; quem escolheria a homossexualidade se pudesse ser como a maioria dominante? Se a vida já é dura para os heterossexuais, imagine para os outros.

A sexualidade não admite opções, simplesmente se impõe. Podemos controlar nosso comportamento; o desejo, jamais. O desejo brota da alma humana, indomável como a água que despenca da cachoeira.

Mais antiga do que a roda, a homossexualidade é tão legítima e inevitável quanto a heterossexualidade. Reprimi-la é ato de violência que deve ser punido de forma exemplar, como alguns países o fazem com o racismo.

Os que se sentem ultrajados pela presença de homossexuais que procurem no âmago das próprias inclinações sexuais as razões para justificar o ultraje. Ao contrário dos conturbados e inseguros, mulheres e homens em paz com a sexualidade pessoal aceitam a alheia com respeito e naturalidade.

Negar a pessoas do mesmo sexo permissão para viverem em uniões estáveis com os mesmos direitos das uniões heterossexuais é uma imposição abusiva que vai contra os princípios mais elementares de justiça social.

Os pastores de almas que se opõem ao casamento entre homossexuais têm o direito de recomendar a seus rebanhos que não o façam, mas não podem ser nazistas a ponto de pretender impor sua vontade aos mais esclarecidos.

Afinal, caro leitor, a menos que suas noites sejam atormentadas por fantasias sexuais inconfessáveis, que diferença faz se a colega de escritório é apaixonada por uma mulher? Se o vizinho dorme com outro homem? Se, ao morrer, o apartamento dele será herdado por um sobrinho ou pelo companheiro com quem viveu por 30 anos?

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Agressores de gays
não têm identidade alguma


No jornal da globo, desta quinta-feira ( 9/12), o comentarista Arnaldo Jabor fez um comentário condenando as agressões dos homofóbicos aos homossexuais em São Paulo. Para Jabor os homofóbicos são indivíduos sem identidade sexual e, ainda, alertou para hipótese de revanche dos homossexuais.

Veja o vídeo na íntegra.

Luiz Inácio Lula
cria o Conselho Nacional LGBT


O presidente Lula criou por decreto publicado no Diário Oficial da União (DOU), nesta sexta-feira, 10/12, o Conselho Nacional de Combate à Discriminação – LGBT, que vai ter o “nome social” de Conselho Nacional LGBT. O Decreto n º 7.388, de 9 de dezembro de 2010, é assinado por Lula e pelo ministro dos Direitos Humanos, Paulo Vanucchi.

Segundo o documento, que você confere na íntegra abaixo, o objetivo do órgão é “formular e propor diretrizes de ação governamental, em âmbito nacional, voltadas para o combate à discriminação e para a promoção e defesa dos direitos de LGBT”. O Conselho será composto por 15 ministérios e 15 organizações da sociedade civil.

Diário Oficial da União, Seção I, páginas 2 e 3
Nº 236, sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

DECRETO No - 7.388, DE 9 DE DEZEMBRO DE 2010

Dispõe sobre a composição, estruturação, competências e funcionamento do Conselho Nacional de Combate à Discriminação - CNCD.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso das atribuições que lhe confere o art. 84, incisos IV e VI, alínea "a", da Constituição, e tendo em vista o disposto nos arts. 24, § 2o, e 50 da Lei no 10.683, de 28 de maio de 2003,

CAPITULO I

DA FINALIDADE E DA COMPETÊNCIA

Art. 1o O Conselho Nacional de Combate à Discriminação - CNCD, órgão colegiado de natureza consultiva e deliberativa, no âmbito de suas competências, integrante da estrutura básica da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, tem por finalidade, respeitadas as demais instâncias decisórias e as normas de organização da administração federal, formular e propor diretrizes de ação governamental, em âmbito nacional, voltadas para o combate à discriminação e para a promoção e defesa dos direitos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais - LGBT.

Art. 2o Ao CNCD compete:

I - participar na elaboração de critérios e parâmetros de ação governamental que visem a assegurar as condições de igualdade à população LGBT;

II - propor a revisão de ações, prioridades, prazos e metas do Plano Nacional de Promoção da Cidadania e Direitos Humanos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais - PNLGBT;

III - propor estratégias de ação visando à avaliação e monitoramento das ações previstas no PNLGBT;

IV - acompanhar, analisar e apresentar sugestões em relação à execução de programas e ações governamentais para a população LGBT e a aplicação de recursos públicos para eles autorizados;

V - apresentar sugestões para elaboração do planejamento plurianual, estabelecimento de diretrizes orçamentárias e alocação de recursos no orçamento anual do Governo Federal, visando à implantação do PNLGBT;

VI - apresentar sugestões e aperfeiçoamentos sobre projetos de lei que tenham implicações sobre os direitos e cidadania da população LGBT;

VII - participar da organização das conferências nacionais para construção de políticas públicas para a população LGBT;

VIII - articular-se com órgãos e entidades públicos e privados, nacionais e internacionais, visando o intercâmbio sistemático sobre promoção dos direitos de LGBT;

IX - articular-se com outros conselhos de direitos ou setoriais, para estabelecimento de estratégias comuns de atuação;

X - fomentar a criação de conselhos, coordenações e planos estaduais voltados à promoção de políticas públicas para a população LGBT;

XI - propor realização de campanhas destinadas à promoção de direitos da população LGBT e ao combate à discriminação e preconceito;

XII - propor realização de estudos, debates e pesquisas sobre a temática de direitos e inclusão da população LGBT; e

XIII - analisar e encaminhar aos órgãos competentes as denúncias recebidas.

CAPÍTULO II

DA COMPOSIÇÃO

Art. 3o O Conselho é constituído de trinta integrantes titulares, designados pelo Ministro de Estado Chefe da Secretaria de

Direitos Humanos da Presidência da República, para mandato de dois anos, permitida recondução, observada a seguinte composição:

I - quinze representantes do Poder Público Federal indicados pelos dirigentes máximos de cada um dos seguintes órgãos:

a) Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República;

b) Casa Civil;

c) Secretaria-Geral da Presidência da República;

d) Secretaria de Políticas para Mulheres da Presidência da República;

e) Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República;

f) Ministério da Saúde;

g) Ministério da Justiça;

h) Ministério da Educação;

i) Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome;

j) Ministério do Trabalho e Emprego;

k) Ministério da Cultura;

l) Ministério da Previdência Social;

m) Ministério do Turismo;

n) Ministério das Relações Exteriores; e

o) Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão; e

II - quinze representantes da sociedade civil, indicados por entidades sem fins lucrativos, selecionadas por meio de processo seletivo público, entre aquelas:

a) voltadas à promoção e defesa de direitos da população LGBT;

b) da comunidade científica, que desenvolvam estudos ou pesquisas sobre a população LGBT;

c) nacionais, de natureza sindical ou não, que congreguem trabalhadores ou empregadores, com atuação na promoção, defesa ou garantia de direitos da população LGBT; e

d) de classe, de caráter nacional, com atuação na promoção, defesa ou garantia de direitos da população LGBT.

§ 1o Poderão ainda participar das reuniões do Conselho, sem direito a voto, um representante de cada um dos seguintes órgãos:

I - Ministério Público Federal;

II - Ministério Público do Trabalho;

III - Magistratura Federal; e

IV - Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados.

§ 2o A Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República exercerá a função de Secretaria Executiva do CNCD.

§ 3o A participação no Conselho será considerada prestação de serviço público relevante, não remunerada.

§ 4o Cada membro titular referido nos incisos I e II do caput terá um suplente, que o substituirá em suas ausências e impedimentos eventuais.

CAPÍTULO III

DO PROCESSO SELETIVO

Art. 4o O regulamento do processo seletivo das entidades da sociedade civil, nos termos do inciso II do art. 3o, será elaborado pelo CNCD e divulgado por meio de edital público em até noventa dias antes do término do mandato vigente à época, observadas as disposições do regimento interno.

Parágrafo único. O disposto no caput não se aplica à primeira composição do CNCD, cujos representantes da sociedade civil serão indicados por entidades selecionadas pelo Ministro de Estado Chefe da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República.

CAPÍTULO IV

DA PRESIDÊNCIA

Art. 5o A presidência e vice-presidência do CNCD, eleita anualmente, será alternada entre as representações do Poder Público e da sociedade civil.

Parágrafo único. No primeiro mandato, a presidência será exercida pelo representante do Poder Público e a vice-presidência, pelo representante da sociedade civil.

Art. 6o São atribuições do Presidente do CNCD:

I - convocar e presidir as reuniões do colegiado;

II - solicitar a elaboração de estudos, informações, documentos técnicos e posicionamento sobre temas afetos ao Conselho; e

III - firmar as atas das reuniões e emitir as respectivas resoluções.

CAPÍTULO V

DO FUNCIONAMENTO

Art. 7o O CNCD formalizará suas deliberações por meio de resoluções, cuja publicidade deverá ser garantida pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República.

Art. 8o As reuniões do CNCD somente serão realizadas com quórum mínimo de dezesseis membros votantes.

§ 1o As decisões do CNCD serão tomadas por maioria de votos dos presentes, ressalvado o disposto no art. 12.

§ 2o O regimento interno poderá exigir quórum diferenciado para a deliberação de determinadas matérias, desde que observado o quórum mínimo previsto no § 1o.

§ 3o Em caso de empate, o Presidente do CNCD terá o voto de qualidade.

Art. 9o O CNCD poderá decidir pela instituição de câmaras técnicas e grupos de trabalho destinados ao estudo e elaboração de propostas sobre temas específicos, por meio de ato prevendo seus objetivos, composição e prazo para conclusão dos trabalhos.

Parágrafo único. Poderão ser convidados para participar das câmaras técnicas e grupos de trabalho representantes de órgãos e entidades públicos e privados.

Art. 10. A Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República prestará o apoio técnico e administrativo necessário à execução dos trabalhos do CNCD e das câmaras técnicas e grupos de trabalho eventualmente instituídos.

Art. 11. Para o cumprimento de suas funções, o CNCD contará com recursos orçamentários e financeiros consignados no orçamento da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República.

Art. 12. O CNCD aprovará seu regimento interno, com voto de, no mínimo, dois terços da totalidade dos Conselheiros votantes, em reunião especialmente convocada para este fim, dispondo sobre as demais disposições necessárias ao seu funcionamento.

Parágrafo único. A Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República expedirá, por meio de portaria, regimento interno provisório que vigorará até a aprovação de regimento interno pelo CNCD, na forma prevista no caput.

Art. 13. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 14. Fica revogado o Decreto no 5.397, de 22 de março de 2005.

Brasília, 9 de dezembro de 2010; 189o da Independência e 122o da República.

LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA

Paulo de Tarso Vannuchi

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Prova com texto homofóbico
revolta Alunas
de Serviço Social


Alunas do curso deixaram a sala no momento que o professor aplicava a prova de Metodologia Científica.

TERESINA-PI: “Deve se considerar também que a própria relação sexual entre homossexuais contraria a ordem das coisas relativa à sexualidade e genitalidade humana”. Este é apenas um trecho do texto que causou constrangimento aos alunos do curso de Serviço Social, durante a prova do semestre numa faculdade particular de Teresina, que fez com que metade da sala abandonasse o exame.

Parte dos alunos considerou o texto homofóbico e se recusou a terminar a prova nesta segunda-feira(6). O texto não tinha autor identificado e foi aplicado durante uma prova da disciplina de Metodologia Científica, no primeiro período do curso. Os universitários deveriam identificar partes do texto como tema, tese, argumento, etc, e fazer um pequeno resumo.

De acordo com uma das alunas da sala, que não quis se identificar, o texto causou incômodo nos estudantes. “Uma das minhas colegas perguntou ao professor se ele não achava que o texto era inadequado. Ele disse que não e que ela continuasse respondendo. Uma outra colega, que era homossexual, perguntou a ele se ele não achava que estava atingindo alguma pessoa da sala, ele perguntou se ela queria entregar a prova. E indignada nós começamos a sair da sala, acompanhando ela que estava chorando”, explicou.

Cerca 25 alunos da classe de 50 saíram em direção à coordenação pedagógica, que se solidarizou com a revolta dos alunos e que iria solicitar a ele para realizar uma nova prova.

Marinalva Santana, coordenadora do grupo Matizes

A coordenadora do grupo Matizes, Marinalva Santana, afirmou ao Cidadeverde.com que o texto apresentado na prova é de cunho homofóbico. “O texto trata a homossexualidade como algo anormal e foi usado dentro de uma universidade o que é preocupante. Mais preocupante ainda por se tratar de um curso de Serviço Social, que formará profissionais que atuam junto a pessoas carentes, homossexuais e outras minorias”, declarou.

Marinalva Santana disse que vai enviar um ofício à coordenação do curso, solicitando que providências sejam tomadas em relação ao que aconteceu.

A faculdade particular de Teresina cujo professor aplicou o texto com teor considerado homofóbico nesta segunda (6), em nota, informou que irá demitir o docente.

Confira o texto na íntegra click Aqui

Fonte: cidadeverde.com

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Presidente da ABGLT, Toni Reis
recebe prêmio do governo

Toni Reis é presidente da ABGLT

A Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR) vai premiar no próximo dia 13, em cerimônia em Brasília, o militante Toni Reis em seu 16º Prêmio Direitos Humanos. Ele será premiado na Categoria 11 - Garantia dos Direitos da População LGBT.

Toni é presidente da Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT) e fundador do Grupo Gay Dignidade, de Curitiba. A cerimônia de entrega do prêmio começa às 10h, no Palácio do Planalto, em Brasília, e vai contar com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Deputados discutem homofobia
e liberdade de expressão

“Os Limites entre Liberdade de Expressão, Censura e Homofobia” é o tema que já diz tudo sobre o quê a Câmara dos Deputados vai discutir em um seminário marcado para o próximo dia 15. O objetivo é reunir a mídia para discutir até que ponto os veículos de comunicação, principalmente a televisão, podem contribuir com a intolerância à diversidade sexual.

A iniciativa é do presidente da Comissão de Legislação Participativa, Paulo Pimenta (PT-RS), e surgiu depois dos seminários “Escola sem Homofobia” e “Assassinatos LGBT”, realizados no Congresso no último mês. “Uma questão posta foi se a mídia, em especial a televisão, contribui em seus programas humorísticos para a propagação de atitudes discriminatórias por orientação sexual, ou se as piadas feitas com a comunidade LGBT são inofensivas e não causam nenhum tipo de prejuízo social a essas pessoas”, explica o deputado.

Ele acredita que é importante discutir o tema porque alguns setores da mídia brasileira já estão supondo que a aprovação do PLC 122/06, que criminaliza a homofobia, pode ser um dispositivo em conflito com a liberdade de expressão. “Portanto, debater os limites entre a liberdade de expressão, censura e homofobia na mídia faz-se necessário na medida em que, por outro lado, a reprodução exaustiva de um sistema de diferenciação conduz e colabora para a discriminação, segregação e exclusão.”

Serão convidados representantes da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), Rede Globo, Bandeirantes, Rede TV!, Record, Ministério Público Federal, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), Conselho Federal de Psicologia e Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Travestis e Transexuais (ABLGT).

Haverá ainda palestras do desembargador do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ-RS) Rui Portanova e da desembargadora aposentada do TJ-RS Maria Berenice Dias.

Fonte: Mixbrasil

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Brasil bate recorde em assassinatos
de Homossexuais em 2010
Luiz Mott diz que número de assassinatos
de LGBT é o maior já registrado

Antes mesmo de terminar o ano as estatísticas já somam a quantidade de 205 LGBT assassinados no Brasil, conforme levantamento realizado pelo antropólogo Luiz Mott (fundador do Grupo Gay da Bahia), o qual diz que em 2010 o número de mortes é maior desde 1960, quando o registro começou a ser feito e dava conta de 30 casos até 1969. Passados 50 anos, o número bate o recorde com o quantitativo de 205 assassinatos. No ano de 2009 foram assassinados 198 LGBT.

Nunca se matou tanto homossexual no Brasil quanto agora”, comenta Mott. Nesta década já foram assassinados 1.429 LGBT – contando apenas os casos dos quais se tem notícia, afirmou.

Os dados foram apresentados durante o “Seminário sobre Assassinatos de LGBT”, realizado em Brasília, no último dia 24, pelas comissões de Direitos Humanos e Minorias e de Legislação Participativa da Câmara dos Deputados.

1º de dezembro

Dia Mundial da LUTA Contra a AIDS

sábado, 27 de novembro de 2010

Gay assumido aos 14 anos de idade
vai ao programa de Ellen DeGeneres

Graeme discursando na conferência da escola

Na manhã de segunda-feira (22), Ellen DeGeneres recebeu em seu programa de TV um convidado muito especial: Graeme Taylor, um menino de 14 anos de idade, que é gay assumido.

"Só quero dizer que você é um jovem muito corajoso, e o mundo fica muito melhor com você nele", começou a apresentadora. O garoto virou celebridade mundial na semana passada, ao surgir em um vídeo no YouTube defendendo um de seus ex-professores, suspenso da escola.

O caso foi o seguinte: uma aluna estava com uma bandeira dos estados confederados na sala de aula, e o professor pediu que ela guardasse. Um outro aluno se levantou e disse, "Por que os gays podem usar a bandeira do arco-íris e ela não pode usar a bandeira confederada?".

Seguiu-se uma discussão, o aluno começou a dizer coisas homofóbicas, e o professor pediu ao aluno que saísse da sala. Na sequência, o professor foi suspenso pela escola por algum tempo, durante o qual não receberá pagamento.

Graeme Taylor saiu em defesa do professor e fez um discurso contundente durante uma conferência na mesma escola, localizada na cidade de Howell, no estado norte-americano do Michigan.

No discurso, o menino comparou a perseguição gay a "um holocausto silencioso", e revelou que tentou o suicídio aos 9 anos de idade. O vídeo com o discurso de Graeme está no YouTube (veja abaixo) e já virou sensação. A ponto dele ir parar no sofá de Ellen.

DeGeneres elogiou a postura do rapaz e declarou: "Para ter essa autoconfiança e ser abertamente gay nessa idade, e se sentir confortável com isso, é impressionante!"

Graeme respondeu: "Leva tempo para ficar confortável com isso, não é assim", ao que Ellen rebateu de imediato: "Sim, eu sei!", arrancando risadas e aplausos da plateia - já que a própria Ellen, como lésbica, sabe do que se trata.

"Passei tempos ruins aprendendo a me aceitar, mas uma vez que fiz, percebi que coisa linda que era isso", disse Graeme, gerando mais aplausos. Ellen fica muda diante do garoto, em um momento emocionante da entrevista.

Para fechar, a apresentadora comunica que a Tonic - empresa filantrópica que "procura coisas boas que pessoas estejam fazendo" - doou um cheque de 10 mil dólares ao rapaz, por sua coragem e determinação.

Fonte: A Capa

Veja abaixo os vídeos do discurso e da participação de Graeme no programa de Ellen.



quinta-feira, 25 de novembro de 2010

O filme "Um Quarto em Roma"
chega aos cinemas


É uma noite do verão de 2008 quando Alba e Natasha se encontram em Roma. A primeira é espanhola, casada e mãe de dois filhos. A outra nasceu na Rússia e está de casamento marcado. Ambas estão vivendo suas últimas doze horas na capital italiana e decidem passar esse tempo juntas, trancadas em um quarto de hotel. É a partir daí que se desenrola o filme "Um quarto em Roma", que teve sua estreia no Festival Mix Brasil de Cinema deste ano e que chega ao circuito comercial nesta sexta-feira, 26.

Dirigido por Julio Medem, o mesmo do abusado "Lucia e o Sexo", o longa mostra as duas protagonistas se jogando em uma aventura cheia de erotismo, carinho e humor. Apesar de serem estranhas uma à outra e dos relacionamentos que têm no "mundo real", Alba e Natasha vencem à inicial resistência à aproximação, abrem suas vidas e se revelam por inteiro.

Fonte: Mixbrasil

Veja o trailer do filme.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Manifestantes fazem ato
contra homofobia em frente
a Universidade Mackenzie, em SP
                                                                        Foto: Irving Alves

A Universidade Presbiteriana Mackenzie, por ter publicado no seu site um artigo em que o líder religioso da instituição se posiciona contra a aprovação do Projeto de Lei da Câmara (PLC) 122/2006, que propõe a criminalização da homofobia, foi alvo de protesto, nesta quarta-feira, 24/11, por cerca de trezentas pessoas que marcaram presença em ato contra a homofobia realizada em frente à Universidade Mackenzie, em São Paulo. A manifestação foi organizada via Facebook por alunos da própria instituição.

Dimitri Sales, coordenador estadual de Políticas para a Diversidade Sexual de SP, em seu discurso falou e lembrou que o Mackenzie não tem o direito de estimular o preconceito. "Sempre que tentarem nos agredir, estaremos aqui para dar a resposta". Representantes do Grupo de Pais de Homossexuais e de igrejas inclusivas também aproveitaram para dar seu recado contra a intolerância.

No texto, retirado do ar minutos depois, o chanceler Augustus Nicodemus Gomes Lopes diz que “ensinar e pregar contra a prática do homossexualismo não é homofobia” e que “tal lei interfere diretamente na liberdade e na missão das igrejas de todas as orientações de falarem, pregarem e ensinarem sobre a conduta e o comportamento ético de todos, inclusive dos homossexuais”.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

"Casamento Gay, sou a favor!

“Sou a favor do casamento gay, sim. Todo mundo tem direito de amar, de se envolver emocionalmente, socialmente. É um direito e não importa o sexo”, diz a cantora Sandy Lima.

Caso Avenida Paulista

A Justiça prevaleceu


Após a divulgação pela mídia das imagens em que os menores homofóbicos atacam o jovem Luiz Alberto, com lâmpadas fluorescentes, na Avenida Paulista. A Justiça determinou, nesta quarta-feira (23/11), que os quatro envolvidos devem ser internados na Fundação Casa, antiga Febem. A decisão da internação provisória foi tomada pela 1ª Vara da Infância e Juventude de São Paulo, após pedido apresentado pela promotora Ana Laura Lunardelli. Os quatro adolescentes devem responder por roubo, lesão corporal e tentativa de homicídio.

Depoimentos dados à polícia por seguranças que socorreram o jovem confirmaram a motivação homofóbica do ataque.

Em nota divulgada o Ministério Público Estadual informou que o pedido de internação se baseou nas imagens de uma câmara de segurança que flagrou e gravou o momento do ataque.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

MP solicita imagens sobre agressão
contra jovem na avenida Paulista

As imagens divulgadas pela imprensa da agressão sofrida pelos jovens homossexuais na avenida Paulista foi solicitada pelo Ministério Público de São Paulo, por meio da Promotoria de Justiça da Infância e Juventude da Capital, que “requisitou as fitas para análise e, na estrita observância do interesse público e da legalidade, adotará as medidas processuais e judiciais que o caso requer, informou em nota.

O advogado Orlando Machado, que representa um dos acusados havia afirmado que as agressões ocorreram durante uma briga, após um dos agressores ter recebido um "flerte", o que é desmentido pelas imagens divulgadas pela mídia.

As fitas mostram um dos agressores atacando um rapaz com dois bastões de lâmpada fluorescente sem ter sido provocado.

Os quatro menores envolvidos na agressão vão responder em liberdade por ato infracional perante a Vara da Infância e da Juventude. O quinto acusado, de 19 anos, foi indiciado por lesão corporal gravíssima e formação de quadrilha, mas foi solto.

Fonte: Agência Estado

Veja o vídeo da agressão divulgado pelo SBT
Um dos agressores dos homossexuais
na Avenida Paulista
é filho de mafioso italiano
Carlos Massetti pai do infrator e homofóbico

Internautas rastrearam e publicaram os nomes dos quatros adolescentes que agrediram os homossexuais na Avenida Paulista. Um dos menores de idade, G.M., 16, é filho do mafioso italiano Carlos Massetti, 50, cujo nome de registro é Leonardo Badalamenti. Carlos Massetti foi preso pela interpol, em maio de 2009, no bairro da Bela Vista, em São Paulo, onde mora com o filho infrator.

Carlos Massatti usa este nome desde que veio morar no Brasil, há 16 anos. Era casado com Soraia Costa, mãe de G.M, que dá depoimento no vídeo, dizendo que a agressão do filho foi “uma coisa infantil”. O infrator G.M. é neto de Gaetano Badalamenti, conhecido como o poderoso Dom Tano, do clã Cosa Nostra, na Sicília. Badalamenti morreu em 2004, aos 81 anos, numa prisão dos Estados Unidos, onde cumpria pena de 15 anos por assassinatos e tráfico de drogas.

Na época, segundo o diretor da Interpol no Brasil, delegado federal Jorge Pontes, Carlos Massetti representa um caso típico de lavagem de identidade. “Assim como os criminosos nazistas, ele criou uma nova identidade e, assim, um dos mais notórios mafiosos vivia tranquilo no Brasil”, disse.
O agressor Jonathan Lauton Rodrigues, de 19 anos,
é instrutor de Jiu-Jítsu

O único maior de idade do grupo de homofóbicos é Jonathan Lauton Rodrigues, 19. Morador da Vila Mariana, ele é instrutor de Jiu-Jítsu, na academia Ryan Gracie Team, localizada no bairro onde mora, na modalidade MMA.

Fonte: MundoMais

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Dia Mundial de Luta Contra a Aids

Famosos posam com portadores
de HIV em campanha
para o Ministério da Saúde

Histórias de vida diferentes, mas uma causa comum: lutar contra o preconceito em torno da doença. Esse é o tema da campanha do Dia Mundial de Luta contra a Aids, a ser lançada em 1º de dezembro, que tem como foco os jovens com HIV/Aids.

Para a consultora do Ministério da Saúde, Nara Vieira, o preconceito exclui e prejudica a autoestima. “Ele pode colocar em risco o desejo de viver e os projetos de vida dos jovens”, observa.

Abraçando essa campanha há várias celebridades, como: Reynaldo Gianecchini, Bruno Gagliasso, Cauã Raymond e Grazilela Massafera que estão posando para fotos com jovens que vivem com o HIV/aids, em um estúdio no Rio de Janeiro. As imagens são de abraço, beijo e representam proximidade e solidariedade. A ideia é demonstrar que amor, carinho e respeito não transmitem aids.

O trabalho resultará em uma exposição itinerante que vai circular pelo País, começando por Brasília e Fortaleza. Com o tema “Somos Iguais. Preconceito não”, a ação vai de encontro ao senso comum que predomina na população brasileira e desfaz mitos.









Senadora Fátima Cleide 
Denuncia Ataques Homofóbicos


Senadora Fátima Cleide, relatora do PLC 122/06.

A senadora Fátima Cleide (PT/RO), usou a tribuna do senado federal, nesta quarta-feira (17/11), para denunciar os ataques homofóbicos sofridos por jovens em São Paulo e Rio de Janeiro nos últimos dias.

”Venho hoje a essa tribuna falar das coincidências da história de quatro jovens brasileiros: Douglas (19), Luis Alberto (23), Rodrigo (20) e Alexandre (14).

Nenhum deles se conheceu, mas tem seus nomes estampados nos jornais, sites e programas de TV em todo o Brasil pela mesma razão: Vítimas da violência discriminatória e preconceituosa que assola o nosso país.

Douglas Igor Marques Luiz foi baleado no Abdômen no início da madrugada do dia 15 passado. As testemunhas afirmam que o disparo foi efetuado por um militar do exército, que ao afirmar que "odiava" aquela raça, empurrou o jovem, jogando-o no chão, e realizou o disparo. Mais assustador é que o Comando Militar do Forte de Copacabana afirmou que não houve o disparo, sem mesmo dizer que uma investigação mais aprofundada seria feita. Felizmente, Douglas não corre risco de morte, mas seguramente carregará consigo a marca da homofobia em sua vida.

Douglas Igor foi baleado no abdomen após parada gay

Na madrugada anterior ao acontecimento no Rio de janeiro, Luis Alberto e Rodrigo caminham na Av. Paulista, quando aparecem 5 jovens, sendo 4 adolescentes. Esses começam a ofendê-los com dizeres homofóbicos e em seguida partem para a violência física. Rodrigo consegue escapar, se escondendo numa estação do metrô. Luis Alberto fica a mercê dos cinco agressores, que a chutes e socos quebram duas lâmpadas fluorescentes. Porteiros e seguranças dos prédios próximos socorrem o rapaz e chamam a polícia. Os agressores são detidos. Felizmente, nem Rodrigo nem Luis Alberto correm risco de morte, mas carregarão as marcas de homofobia por suas vidas.

Luiz Alberto agredido por homofóbicos na Av. Paulista

Dia 20 de junho, Alexandre Ivo, sai de casa, em São Gonçalo-RJ, para assistir um dos jogos da seleção brasileira na Copa do Mundo. Seria a ultima vez que faria isso. Depois de uma briga na casa dos amigos onde assistia a competição, foi perseguido, espancado, abatido por barras de ferro e em seguida enforcado. Os acusados desse horrendo assassinato estavam envolvidos na briga mais cedo e segundo os amigos de Alexandre tudo foi ocasionado pelo discurso homofóbico dos agressores. O julgamento está transcorrendo, dia 07 de dezembro acontecerá uma nova audiência. Infelizmente, Alexandre Ivo, de apenas 14 anos, não sobreviveu. Foi morto pelo preconceito e a discriminação homofóbica que toma conta do Brasil.

Alexandre Ivo, 14 anos, gay, assassinado com requintes de crueldade.

Segundo o Grupo Gay da Bahia, apenas em 2010, 170 homossexuais, entre gays, lésbicas e travestis foram assassinados em nossa pátria por conta da homofobia.

Quantos ataques e mortes deverão ocorrer para que aprovemos uma legislação que puna e coíba esses crimes? Quantas famílias deverão ser atingidas por essa barbárie? Até quando assistiremos esse horror?

Venho aqui em nome dos homens e mulheres desse país que acreditam em uma sociedade mais justa e digna, onde não há espaço para qualquer tipo de discriminação e preconceito, exigir que as providências cabíveis sejam tomadas e que os agressores sejam punidos. Que o Exército Brasileiro esclareça melhor o ocorrido na pedra do Arpoador. Que justiça seja feita em São Gonçalo e em São Paulo.

Por fim, convoco mais uma vez aos Senadores e Senadoras para que façamos um grande esforço para a aprovação do PLC 122, que pretende dentre outros temas, criminalizar a homofobia no Brasil”, disse a senadora em seu discurso.

domingo, 14 de novembro de 2010

Parada Gay reúne 1 milhão
de pessoas em Copacabana



A 15ª edição da Parada do Orgulho LGBT do Rio de Janeiro teve inicio com o símbolo do movimento gay, a bandeira do arco-íris de 124 metros sendo estendida ao longo da Avenida de Copacabana. Treze trios elétricos enfeitaram a orla do Rio com bolas, bandeiras, plumas e corações.

O tema do evento foi a criminalização da homofobia, sendo o foco o PLC 122/06, que tramita no senado federal.

A Parada reuniu cerca de 1 milhão de participantes, de acordo com o grupo Arco-Íris de Cidadania LGBT, organizadores do evento. O número de participantes ultrapassou a estimativa da organização, que esperava reunir 800 mil pessoas. Já a CET-Rio (Companhia de Engenharia de Tráfego) se preparou para 1 milhão de pessoas no local. A Polícia Militar ainda não informou o número de participantes estimado pela corporação.

Para garantir a organização do evento, a guarda municipal montou esquema especial com 231 agentes patrulhando as principais ruas de acesso a praia de Copacabana. A CET-Rio interditou a avenida Atlântica nos trechos entre as ruas Francisco de Sá e Francisco Otaviano.




 

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

DETALHES.....


• Os senadores, evangélicos, reeleitos Magno Malta (PR-ES) e Marcelo Crivella (PRB-RJ) disseram ser contra a violência e a discriminação dos homossexuais, e querem discutir o projeto de Lei 122/06, que criminaliza a homofobia.


• "Eu não teria uma carreira se não fosse pela comunidade gay”, afirmou a cantora Madonna. A pop star também revelou ter enfrentado problemas de bullying, na época em que cursava o ensino médio.


• Conforme o site Gawker, no período em que Barack Obama, presidente dos Estados Unidos, viveu em Jacarta, na Indonésia, nos anos 1960, ele foi cuidado por um gay.


• Os fundadores da Igreja Cristã Contemporânea, com sede no Rio de Janeiro, os pastores Marcos Gladstone e Fábio Inácio, que são casados há exato um ano, receberam uma homenagem na Câmara Federal. Com iniciativa da deputada Cida Diogo, eles receberam uma Moção de Aplauso e Louvor.

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• Na Arábia Saudita o preconceito e a intolerância parecem não dar sinais de diminuírem. Um rapaz de 27 anos foi preso e condenado a 5 anos de prisão e 500 chibatadas por ter feito sexo com outro homem.
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• Uma mexicana de 50 anos de idade, frente ao desejo do filho gay de ter um bebê, ela própria gerou o neto! A sugestão foi dela. De acordo com a mãe-avó, se outra mulher fosse barriga de aluguel, seria possível que a grávida não quisesse entregar a criança. “Comigo isso não vai acontecer. Vai ser meu neto”, afirmou.
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• "Na Alemanha, temos um ministro do exterior, Guido Westerwelle - e o prefeito de Berlim - Klaus Wowereit - que são gays assumidos e bem sucedidos na carreira. Acho que jogadores gays deveriam assumir e poderiam jogar sem esse peso de esconder o que ele não é", explicou o atacante hispânico-alemão Mario Gómez.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

 Jovem gay de 14 anos
se mata após sofrer bullying



O jornal “The Daily Item” publicou reportagem sobre o jovem Brandon Bitner, que se suicidou aos 14 anos. Segundo os colegas do garoto, o que levou o jovem a encerrar a sua vida foi o bullying.

Na madrugada da última sexta-feira (05), Brandon saiu de casa, deixou um bihete de suicídio e se jogou na frente de um caminhão. Segundo relataram alguns colegas de Brandon, ele foi vítima de humilhação pública e foi intimidado por um grupo de rapazes que estudam no mesmo colégio. Takara Folk, amiga do jovem, escreveu uma carta à redação do jornal.

Na carta, ela afirma que Brandon era vítima constante de bullying. “Ele era perseguido e intimidado por conta de sua orientação sexual e também por causa do seu estilo de se vestir”, revelou a amiga do estudante.

Brandon era estudante da High School MiddWest, em Middleburg. Segundo a reportagem, o jovem se vestia no estilo “emo” e por conta disso era motivo de piadas. “Qualquer um em nossa escola que é diferente é torturado”, declarou ao jornal Emily Beall, estudante da escola.

Poucos dias antes do suicídio de Brandon, a escola havia promovido atividades e assembleia a respeito do bullying, mas, segundo os alunos, ninguém levou a sério.

fonte: A Capa

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Bento XVI assiste beijaço gay
e recebe vaias em Barcelona
Neste domingo (7/11), centenas de gays e lésbicas promoveram um beijaço coletivo na passagem do papamóvel que levava Bento XVI ao templo da Sagrada Família de Barcelona. O beijaço foi um protesto contra a repressão aos homossexuais pregada pelo papa.

Na passagem do pontífice os manifestantes gritaram expressões de ordem como “a igreja que ilumina é a que arde”, além de chamarem o pontífice de pederasta e, claro, muitas vaias.

Veja abaixo vídeos do momento do beijaço.



domingo, 7 de novembro de 2010

Gays fazem beijaço
em frente ao Papa na Espanha



A convocação foi pela Internet e muita gente atendeu. Neste domingo, 07, casais gays se concentraram no local reservado ao público durante a passagem do Papa pelas ruas de Barcelona e, no momento em que Bento XVI passavam no Papa móvel, beijaram-se na boca.

As dezenas de casais gays se concentraram na área da Praça da Catedaral. Depois da passagem do Papa e dos beijos, eles aplaudiram o ato que reuniu gente de todas as idades.

Os participantes combinaram pela Internet que o protesto seria em silêncio, somente com os beijos. Os organizadores consideraram a iniciativa um sucesso absoluto por reunir tanta gente em um horário considerado muito cedo, às 09 da manhã. Muitas nem dormiram e saíram da balada direto para o protesto.

Jordi Petit, dirigente histórico do movimento homossexual da Catalunha, reclamou que há anos "a hierarquia eclesiástica ataca os direitos básicos humanos", como sua insistência em proibir o uso de preservativos.

Petit especificou que esta crítica é dirigida à cúpula da Igreja Católica, e não "aos cristãos de base que fazem um bom trabalho", e se pronunciou a favor de um estado laico em que "a política vá para um lado e a religião seja algo pessoal".

sábado, 6 de novembro de 2010

Pesquisa busca medicamento
que evita contaminação pelo HIV



A ingestão diária de um medicamento contra AIDS pode evitar que uma pessoa com alto risco de se infectar seja contaminada pelo vírus? Responder a esta pergunta é um dos objetivos de uma pesquisa que está sendo realizada em 6 países, incluindo o Brasil. O resultado da primeira fase do trabalho, que no País acompanhou 350 homens que fazem sexo com outros homens (HSH) e têm histórico de exposição ao vírus HIV, deve ser concluído até o fim do ano.

Os voluntários brasileiros, todos saudáveis, foram divididos em dois grupos. Metade recebeu placebo (pílula sem efeito) e a outra, um comprimido de dois antirretrovirais combinados, o tenofovir e a entricitabina. A cada dois meses, os voluntários foram avaliados e submetidos ao teste de HIV. Agora, os resultados estão sendo tabulados para se verificar os índices de contágio.

O objetivo é verificar se o uso do medicamento consegue prevenir a aquisição do HIV mais do que somente o uso do preservativo”, explicou a pesquisadora Valdiléa Veloso, responsável pelo estudo.
  
26 pessoas estão condenadas à morte no Irã
por serem homossexuais


De acordo com a Comissão Internacional pelos Direitos Humanos, 26 pessoas do Irã, entre homens e mulheres, aguardam a morte por apedrejamento por conta de adultério e relações homossexuais.

Patty Debonitas, representante britânica da Comissão, revelou que tentar salvar as pessoas que estão no corredor da morte do Irã é uma "luta diária". Ela também disse que "o regime islâmico tem estas pessoas na mão. Por isso é preciso manter a pressão internacional para que sejam libertadas."

No Irã, o adultério e a homossexualidade são considerados crimes puníveis com a pena de morte por apedrejamento.