quinta-feira, 6 de março de 2014

Na Nigéria quatro jovens são chicoteados em público por praticarem sexo gay 


Condenados em uma corte islâmica no norte da Nigéria por praticarem sexo gay, quatro homens foram chicoteados em público como punição nesta quinta-feira (6).

Os jovens têm entre 20 e 22 anos e podem ainda serem violentados na prisão se as organizações de direitos humanos não pagarem um multa de 20,000 nairas ($120 dólares), conta Dorothy Aken'Ova, líder da ONG Coalização para a Defesa dos Direitos Sexuais.

Os homens foram pegos em uma onda de prisões que acontecem por lá desde que foram endurecidas as penas para infrações da legislação que proíbe o casamento entre pessoas do mesmo sexo no país. A sentença foi de 15 chicoteadas e mais um ano de prisão se as multas não forem pagas.

Aken'Ova disse que os homens foram forçados por policiais a confessarem os crimes, e que eles tiveram que deitar no chão para receber as chicotadas.

O julgamento estava sendo adiados desde janeiro, quando uma multidão tentou apedrejar os acusados na porta da corte, exigindo que o juiz sentenciasse a pena máxima que é de morte. Seguranças da corte atiraram para o alto para dispersar as pessoas.

Segunda a lei Islâmica Sharia que impera em alguns estados do norte da Nigéria, homossexuais podem ser sentenciados à morte por apedrejamento ou injeção letal, apesar de que essa pena ainda não foi aplicada.

Aken'Ova, que conseguiu as informações com os familiares, disse que o juiz foi benevolente nas sentenças por que os homens prometeram que os "atos homossexuais" aconteceram no passado e que eles já haviam "acertado seu caminho".
Cardeal do Vaticano critica 
lei antigay de Uganda

Cardeal Peter Turkson
O cardeal do Vaticano em Gana, Peter Turkson, presidente do conselho pontifício para justiça e paz, criticou a lei antigay de Uganda e disse que "homossexuais não são criminosos" e não devem ser sentenciados a passar a vida na prisão.

Ao conversar com jornalistas em Bratislava, onde participou de uma conferência sobre Igreja Católica e direitos humanos, Turkson falou que o Vaticano também chama a comunidade internacional para continuar a oferecer ajuda ao país.

Uganda tem sido atingida por cortes de ajuda internacional em reação à lei. O Banco Mundial, por exemplo, adiou um empréstimo de US$ 90 milhões para o sistema de saúde de Uganda.

Fonte: Associated Press.