sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Operação de mudança de sexo
para lésbicas é autorizada no Brasil


Loren Cameron e Buck Angel (foto) quebraram as regras e
mudaram de aparência. Ambos nasceram do sexo feminino,
mas agora parecem homens.

Hospitais públicos e particulares do Brasil, agora, podem fazer a cirurgia.

As mulheres lésbicas que tenham confirmado o quadro de transgenitalismo, ou seja, a rejeição ao corpo feminino, pode fazer a cirurgia de mudança de sexo com retirada de mama, do útero e dos ovários.
A regulamentação foi feita pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) que determina a realização da cirurgia em qualquer hospital, público ou privado, desde que as exigências do Conselho sejam atendidas.

A operação só é permitida para pessoas com mais de 21 anos e depois de um parecer médico. A candidata passa por um acompanhamento de anos feito por uma equipe formada por psiquiatra, cirurgião, endocrinologista, psicólogo e assistente social.

A construção do pênis, a chamada neofaloplastia, não está autorizada ainda, mas é feita em caráter experimental.

Nos Estados Unidos, um caso recente de mudança de sexo em mulheres foi da filha da cantora Cher, Chaz Bono. Ela se submeteu ao tratamento no ano passado.

Toda Forma de Amor via Agência Brasil

2 comentários:

Anônimo disse...

Olá boa tarde,

Entendi que o nome do blog "Um olhar humorado", deva dizer respeito a como as postagens são mais leves, informativas e que primam pelo esclarecimento como fonte de tentar derrubar pré-conceitos.

No entanto, este post, seja original ou copiado de outra fonte, me chama a atenção.

Com homem, e por um acaso da vida tb. transexual, não posso evitar em fazer algumas pontuações.

Assim como é sabido por alguns, transexuais são indivíduo que buscam re-adequar o corpo físico ao gênero ao qual sentem psiquicamente pertencer. Desta forma transexuais tanto homens quanto mulheres podem ser bi, homo, hetero, pan ou assexuados.

Confuso? Apenas à princípio.

Isso significa que a transexualidade diz respeito à identidade de gênero, sobre o ser masculino ou feminino; desta forma ser homo, hetero, bi, pan ou assexuado nos diz sobre a orientação sexual de alguém, ou seja o objeto de escolha afetiva.

A identidade de gênero é uma questão que fala sobre algo interno e a orientação é externa, no sentido de que fala sobre o desejo depositado em outrem.

O que isso tem a ver com o post?

Simples, citando o post: "As mulheres lésbicas que tenham confirmado o quadro de transgenitalismo,(..)" torna-se dessa forma algo inverossímel.

Mulheres lésbicas convivem muito bem com seus corpos e têm como objeto de escolha afetiva outras mulheres. Só isso e nada mais. Em nenhum momento elas desejam fazer qql. tipo de cirurgia dita de re-adequação. Algumas podem ter uma expressão de gênero mais masculina, mas isso também não significa que sejam transexuais.

Homens transexuais, ou seja, indivíduos biologicamente nascidos mulheres porém com identidade de gênero masculina, não são "mulheres lésbicas" que têm um diagnóstico confirmado e sim homens com algumas diferenças, mas afinal qual de nós não é diferente de alguma forma?

Essa incongruência entre corpo e mente gera o que pode se chamar tb de disforia de gênero, e que não é algo presente em mulheres lésbicas. Mas é válido ressaltar que nem toda disforia de gênero será também igual a transexualidade, sendo portanto para isso um acompanhamento cauteloso (tal qual preconizado na Resolução CFM nº 1955/2010) do paciente / cliente para tentar evitar que possíveis equívocos sejam cometidos.

Isso também não significa que o sujeito transexual não saiba quem é, e acorde um belo dia crendo ser desse ou daquele gênero. A Resolução não resguarda apenas os profissionais mas tb os próprios interessados, uma vez que o acompanhamento visa ser, ou deveria ser, um suporte, um farol, nessa jornada rumo a si mesmo.

É pedido também que ao se dirigir a um indivíduo transexual, se utilize por uma questão de respeito a individualidade do mesmo, o pronome correspondente ao gênero que o indivíduo sente pertencer e não a seu sexo biológico, ou seja de nascimento.

Para mais informações sobre as diferenças entre identidade, papel, expressão de gênero e orientação sexual recomenda-se verificar a seguinte bibliografia: KAPLAN, H.I.; SADOCK, B.J.; GREBB,J.A.. Compêndio de psiquiatria: ciências do comportamento e psiquiatria clínica; trad. Dayse Batista. 7.ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 1997.

Desculpe a extensão, mas creio que toda forma de esclarecimento, quando possível, será sempre válida.

Att.

Equipe TrsHBr.

Hélio Costa disse...

Oi, pessoal da Equipe TrsHBr valeu pelo esclarecimento, ou seja, contribuição muito válida para o Blog. É com apoio desta forma que vamos nos educando para os conhecimentos da sexualidade. Continuem nos visitando e emitindo seus pareceres ou opiniões para que juntos possamos construir um país sem preconceito e discriminação no que se refere a sexualidade, em particular a homossexualidade. Abraços