Tanzânia prefere perder
apoio britânico a legalizar a homossexualidade
O Governo da Tanzânia afirmou que não vai legalizar a homossexualidade, mesmo que isso signifique perder a ajuda financeira substancial da Grã-Bretanha. É a resposta para o primeiro-ministro britânico David Cameron que propôs cortes à ajuda aos países com leis homofóbicas.
O Ministro dos Negócios Estrangeiros Bernard Membe afirmou ao jornal local The Guardian: "A Tanzânia nunca vai aceitar a proposta de Cameron, porque nós temos nossos próprios valores morais. A homossexualidade não é parte da nossa cultura e nós nunca iremos legalizá-la".
Também o presidente de Gana, John Atta Mills, disse que o seu governo nunca irá legalizar a homossexualidade. O governo de Uganda também reagiu fortemente aos comentários de Cameron. O presidente do Zanzibar, uma região autónoma da Tanzânia, também se mostrou contra a proposta britânica defendendo a "forte cultura islâmica e Zanzibar que abomina as atividades gays e lésbicas". No Zanzibar um homem acusado de homossexual pode ser preso pelo período de 25 anos de acordo com uma lei aprovada em 2004.
A Tanzânia, é uma ex-colônia britânica e um dos maiores da África beneficiários da ajuda per capita, recebeu 320 milhões de euros de ajuda para o seu orçamento 2011/12, sendo a Grã-Bretanha o maior fornecedor de apoio orçamentário.
A maioria das leis que criminalizam a homossexualidade nas ex-colônias britânicas foram introduzida originalmente durante o tempo da colonização. Embora tecnicamente seja um crime grave, punível com prisão, na prática não há relatos de aplicação da lei recentemente na Tanzânia.
A homossexualidade é ilegal em 37 países africanos, e grupos de direitos humanos afirmam que os gays são muitas vezes alvo de campanhas de ódio violento nesses países.
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