266 assassinatos
de homossexuais em 2011,
afirma GGB
O número de assassinatos de homossexuais no Brasil bateu mais uma vez o recorde mundial em 2011, chegando a 266, conforme divulgado pelo GGB (Grupo Gay da Bahia), que acompanha os casos desde a década de 1970.
Houve crescimento pelo sexto ano consecutivo e, de acordo com a entidade, 2012 deve registrar novo recorde. Isso porque, nos três primeiros meses deste ano, já houve 106 assassinatos.
Os dados divulgados pelo GGB se baseiam em notícias sobre os crimes veiculadas em jornais e na internet.
Para o decano do movimento LGBT, antropólogo Luiz Mott, fundador do GGB, o número real de mortes deve ser maior. Mott criticou o governo federal por não criar um banco de dados específico sobre crimes contra gays. "Esse banco de dados estava previsto desde o Plano Nacional de Direitos Humanos 2, de 2002. Nem Lula nem Dilma cumpriram essa obrigação", disse.
De acordo com o relatório, a maior parte dos assassinatos foi contra gays (60%), seguido de travestis (37%) e lésbicas (3%).
"A maior visibilidade dos homossexuais --estimulados pelas paradas gays e pela presença de personagens gays e travestis em novelas-- provoca maior agressividade dos homófobos", disse Mott.
Os Estados com mais mortes foram Bahia (28), Pernambuco (25) e São Paulo (24).
Para o GGB, 99% desses homicídios têm relação com homofobia. Segundo o antropólogo, há também uma "homofobia cultural, que expulsa as travestis para a margem da sociedade, onde a violência é mais endêmica" e uma "homofobia institucional, quando o governo não garante a segurança dos espaços frequentados pela comunidade LGBT".
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