domingo, 21 de agosto de 2011


São Paulo realiza 
Marcha pelo Estado Laico 


Manifestantes se reuniram neste domingo,21, no centro econômico da cidade de São Paulo, para protestar contra o avanço do "estado evangélico" e pedir à aplicação do Estado Laico de fato, que garanta o reconhecimento de todas as religiões, porém, com a separação entre e Estado, ou seja, um não interfere no caminhar do outro. Os ativistas alegam também que dia após dia setores religiosos avançam para fazer com que o Estado se oriente por publicações religiosas e não pela Constituição. Impondo um Estado teocrático e não republicano. 

 
Os organizadores da Marcha pelo Estado Laico explicam que "um estado de direito e republicano deve se orientar pela Constituição e não pela Bíblia, Corão, Torá, Talmud, Bardo Todhol, Evangelho e livros espíritas". Também fazem questão de deixar claro quer respeitam "todas as religiões", mas que a construção de "Estado evangélico continua em processo".


Munidos com bexigas pretas e cartazes que exortavam o avanço das ideias fundamentalistas na sociedade e nos parlamentos ao redor do Brasil, os ativistas ocuparam a Avenida Paulista por volta das 16h30. Estavam presentes ativistas do movimento LGBT, feministas da Marcha Mundial das Mulheres, representantes de religiões afros e anarko punks.

Os manifestantes protestaram contra o uso de canais de televisão pelas igrejas. Na opinião dos ativistas, o uso desses canais serve para "disseminar ódio e preconceito" e que tal fato deveria ser banido, visto que o canal de televisão é uma concessão pública. Já as feministas pediram para decidirem sobre o seu corpo e o direito de abortar.

A questão das igrejas não pagarem imposto também foi colocada na pauta. Segundo os ativistas, pastores se aproveitam disso "para enriquecer".

O ato percorreu toda a Avenida Paulista e encerrou às 18h30. A próxima Marcha pelo Estado Laico acontece no dia 25 no Rio de Janeiro. Outras cidades estão preparando suas marchas, como: Curitiba, Recife e Brasília.

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