Ato na Parada Gay
de São Paulo pede
a aprovação do PLC 122
de forma abrangente
Neste domingo (10), durante a 16ª Parada do Orgulho LGBT
de São Paulo, haverá um ato intitulado #AÇÃONAPARADA, cujo objetivo é
reivindicar a aprovação do Projeto de Lei da Câmara (PLC) 122 de 2006 em sua
redação original. Convocado através das redes sociais, o grupo formado por
militantes independentes vai se reunir na esquina da Avenida Paulista com a Rua
Frei Caneca, a partir das 11h.
Segundo um dos organizadores, Marcos Morcef, “a ideia é agregar pessoas [para a
causa]”, através da distribuição de adesivos e materiais explicativos sobre o
Projeto. A nota divulgada pelo grupo pede para que os interessados em
participar levem “faixas, cartazes, bandeiras, amigos, organizações, ideias e
bom humor”.
De autoria da ex-deputada federal Iara Bernardi (PT-SP), a primeira versão do
texto foi apresentada na Câmara dos Deputados em 2001 sob o número 5003/2001.
Com sua aprovação em 2006, a proposta de Lei passou a tramitar no Senado sob a
relatoria da então sanadora Fátima Cleide (PT-RO) e, a partir de 2011, pela
senadora Marta Suplicy (PT-SP). Durante todo esse período, o PLC enfrenta forte
repressão das bancadas conservadoras – principalmente as religiosas -, que não
medem esforços para barrá-lo.
Desde sua aprovação pela Câmara, o PLC 122/2006 passou a ser a principal
demanda do movimento LGBT brasileiro. A reivindicação está presente no tema da
Parada do Orgulho LGBT de São Paulo em suas seis últimas edições, incluindo
nesta que se realiza amanhã: “Homofobia tem cura: educação e criminalização!”.
No último ano, Marta Suplicy propôs articular com representantes da bancada
opositora uma nova redação do PLC, a fim de diminuir a resistência para a
votação. Porém, a texto substitutivo foi criticado por diversos ativistas do
movimento LGBT, que o consideram brando e menos abrangente.
Na última sexta-feira (8), durante a entrega do 12º Prêmio Cidadania em
Respeito à Diversidade, a assessora de Marta, Montserrat Bevilaqua, esteve
presente afirmou que a senadora atendeu aos protestos da militância e vai
retomar o texto original do Projeto, apresentado por Bernardi. Agora resta a
expectativa para que a votação ocorra o mais breve possível e que o PLC
122/2006 seja finalmente aprovado.
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