terça-feira, 29 de janeiro de 2013


29 de janeiro
Dia da Visibilidade Trans


O dia 29 de janeiro tornou-se  o Dia da Visibilidade de Trans (Travestis e Transexuais) a partir de 2004, quando o Ministério da Saúde lançou a Campanha Nacional “Travesti e Respeito”, com a presença de representantes da Articulação Nacional de Travestis e Transexuais – ANTRA – no Congresso Nacional, em Brasília.  A partir da campanha, todas as organizações afiliadas à Antra saíram às ruas para comemorar a data, que é lembrada anualmente, e reivindicar seus direitos.

Estima-se que devam existir no Brasil por volta de 500 mil travestis e transexuais,  90% vivendo como profissionais do sexo. Mas, algumas travestis e transexuais têm se destacado nos palcos, televisões, nos estudos, na política, como empresárias, funcionárias públicas e tantas outras profissões, como: Rogéria,  Roberta Close, Telma Lipp, Jane Di Castro, Carol Marra, Lea T, Luma Nogueira, Janaína Dutra, Fernanda Benvenutty, Keila Simpson, Kátia Tapety, etc.

Kátia Tapety, primeira travesti eleita a vereadora no Brasil

Foi na cidade de Colônia do Piauí (PI) que, pela primeira vez em 1992, uma travesti foi eleita vereadora no Brasil. Kátia Tapety, que exerceu o cargo outras duas vezes (1996 e 2000) e ainda foi vice-prefeita do município. Sua história ganhou as telonas através do documentário “Kátia”, dirigido pela também piauiense Kátia Holanda.

As travestis e transexuais brasileiras começaram se organizar e lutar pelos seus direitos a partir de 1992 com a criação da Articulação Nacional de Travestis e Transexuais- ANTRA, que, atualmente, congrega mais de cinqüenta grupos organizados.  

Encontro Nacional de Travestis e Transexuais realizado em Salvador/BA.

Conforme pesquisa do Grupo Gay da Bahia, entre 1980-2012 foram assassinadas 1.202 travestis e transexuais em nosso país, uma média de um homicídio a cada 10 dias. Em 2012 foram assassinadas no Brasil 128 travestis, sendo os estados de Roraima, Mato Grosso e Rondônia os mais “transfóbicos”,  uma média de 1,9 travestis assassinados para cada 1 milhão de habitantes. 

Os Crimes contra as travestis profissionais do sexo são cometidos predominantemente na rua, “na pista”, altas horas da madrugada, utilizando-se armas de fogo e em menor número, arma branca e espancamento. 

Nenhum comentário: