29 de janeiro
Dia da Visibilidade Trans
O dia 29 de janeiro tornou-se o Dia da Visibilidade
de Trans (Travestis e Transexuais) a partir de 2004, quando o Ministério da
Saúde lançou a Campanha Nacional “Travesti e Respeito”, com a presença de
representantes da Articulação Nacional de Travestis e Transexuais – ANTRA – no Congresso
Nacional, em Brasília. A partir da campanha, todas as organizações
afiliadas à Antra saíram às ruas para comemorar a data, que é lembrada
anualmente, e reivindicar seus direitos.
Estima-se que devam existir no Brasil por volta de 500
mil travestis e transexuais, 90% vivendo como profissionais do sexo. Mas, algumas travestis e transexuais têm se destacado nos palcos, televisões, nos estudos, na política, como empresárias, funcionárias públicas e tantas outras profissões, como: Rogéria, Roberta Close, Telma Lipp, Jane Di Castro, Carol
Marra, Lea T, Luma Nogueira, Janaína Dutra, Fernanda Benvenutty, Keila Simpson, Kátia Tapety, etc.
Kátia Tapety, primeira travesti eleita a vereadora no Brasil |
Foi na cidade de Colônia do Piauí (PI) que, pela primeira
vez em 1992, uma travesti foi eleita vereadora no Brasil. Kátia
Tapety, que exerceu o cargo outras duas vezes (1996 e 2000) e ainda foi
vice-prefeita do município. Sua história ganhou as telonas através do
documentário “Kátia”, dirigido pela também piauiense Kátia Holanda.
As travestis e transexuais
brasileiras começaram se organizar e lutar pelos seus direitos a partir de 1992
com a criação da Articulação Nacional de Travestis e Transexuais- ANTRA, que,
atualmente, congrega mais de cinqüenta grupos organizados.
Encontro Nacional de Travestis e Transexuais realizado em Salvador/BA. |
Conforme pesquisa do Grupo Gay da Bahia, entre 1980-2012
foram assassinadas 1.202 travestis e transexuais em nosso país, uma média de um
homicídio a cada 10 dias. Em 2012 foram assassinadas no Brasil 128
travestis, sendo os estados de Roraima, Mato Grosso e Rondônia os mais
“transfóbicos”, uma média de 1,9
travestis assassinados para cada 1 milhão de habitantes.
Os Crimes contra as travestis profissionais do sexo são
cometidos predominantemente na rua, “na pista”, altas horas da madrugada,
utilizando-se armas de fogo e em menor número, arma branca e espancamento.
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