Governo do Irã incentiva
e subsidia cirurgias
de mudança
de sexo
O casal Mahsa --homem que quer fazer a cirurgia de mudança de sexo-- e Ahura --mulher que também deseja se submeter à operação-- nas ruas de Teerã |
A República Islâmica do Irã abençoa e incentiva operações
de troca de sexo, em nome de uma política que considera todo cidadão não
heterossexual como espírito nascido no corpo errado. Com ao menos 50 cirurgias por ano, o país é recordista
mundial em mudança de sexo, após a Tailândia.
Os transexuais, aos olhos da lei islâmica, são
heterossexuais vítimas de uma doença curável mediante cirurgia.
Essa visão partiu do próprio fundador da república
islâmica, aiatolá Ruhollah Khomeini, que emitiu em 1984 um decreto tornando o
procedimento lícito.
Khomeini comoveu-se com o caso de Feyreddun Molkara, um
devoto xiita que o convencera de que era mulher presa em corpo de homem.
A bênção aos transexuais continuou após a morte de
Khomeini, em 1989, apesar da objeção de alguns clérigos.
Prevaleceu a corrente que defende a mudança de sexo como
prova de que o islã xiita, dominante no Irã, capta melhor a mensagem divina.
"Sunitas dizem que é mexer com a criação divina.
[...] Mas ninguém está mudando o atributo na natureza criada por Deus. O humano
continua humano", escreveu o clérigo Mohammad Mehdi Kariminia,
simpatizante dos transexuais. "Trata-se apenas de sintonizar corpo e mente"
esclareceu.
Quanto a homossexualidade não consta na lei do islã, mas
sodomia é passível de execução. Ficou famosa a frase do presidente Mahmoud
Ahmadinejad dita a uma plateia de estudantes nos EUA em 2007, de que "não
há homossexuais no Irã".
Nenhum comentário:
Postar um comentário