Pena de morte para
ex-muçulmanos e
homossexuais em Brunei
A lei foi alterada e quem se declarar não-muçulmano, ou
seja, homossexual pode morrer por apedrejamento.
Esta nação predominantemente muçulmana do sudeste asiático adotou um novo
código penal onde elege a pena de morte por apedrejamento por vários
"crimes", como a homossexualidade, adultério, violação e para as
pessoas que afirmarem que não são muçulmanas. No código anterior a prática
sexual entre pessoas do mesmo sexo era punível com pena até 10 anos de prisão.
O alto comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos apelou ao estado
do Brunei que adiasse a aplicação da nova lei. Rupert Colville, porta-voz do
Alto Comissariado disse que a lei da pena de morte para uma ampla gama de
delitos é contrária ao direito internacional.
“Instamos o governo a adiar a entrada em vigor do novo Código Penal e proceder
a uma revisão global assegurando a sua conformidade com as normas
internacionais de direitos humanos" disse Colville que acrescentou, “sob a
lei internacional apedrejar pessoas até à morte constitui tortura ou punição
cruel e desumana ou degradante e, é portanto claramente proibida”.
Segundo Ruper Colville a criminalização e aplicação da pena de morte para sexo
consentido entre adultos e em privado viola uma série de direitos, incluindo o
direito à privacidade, à igualdade perante a lei, o direito à saúde e à
liberdade de prisão e detenção arbitrária.
Rupert Colville acrescentou ainda que Brunei não usava a pena de morte
oficialmente desde 1957 e espera que o governo vá trabalhar para proibir
inteiramente, advertindo que a disposições presentes no novo código que está
previsto para entrar em vigor ainda este mês pode incentivar ainda mais a
violência e a discriminação com base não só no gênero como na orientação
sexual.
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