sábado, 19 de março de 2011

preconceito e transfobia...

Universidade demite funcionária
por ser transexual

Giselle Vuitton demitida por ser trans

A Universidade Fumec/FACE de Belo Horizonte/MG demitiu a transexual Giselle Vuitton (Heverton C. Souza), de 19 anos, no último dia 2 de fevereiro por assumir sua identidade feminina no ambiente de trabalho. Giselle exercia o cargo de auxiliar administrativo desde 2007. Ela também cursa administração na referida Universidade.

Giselle, que se considera uma “transexual não operada”, esclareceu, que desde que começou a se vestir como mulher, a partir de outubro de 2010, começou a sentir preconceito de alguns colegas de trabalho. “Duas semanas após usar um salto alto vermelho, me demitiram. A forma como tudo aconteceu e a rispidez do departamento pessoal na hora da demissão me fez chegar a essa conclusão, e muitos também”, disse

Giselle, que explicou que sua transformação visual no ambiente de trabalho aconteceu aos poucos: “não cheguei vestida de mulher de uma vez no trabalho. A cada dia uma maquiagem a mais, uma peça de roupa mais feminina no visual... antes mesmo deu me vestir de mulher, muitas pessoas achavam que eu era uma garota, pelo meu rosto ser bem feminino”.

Humilhação
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Giselle conta que, durante o período em que trabalhava na universidade, foi vítima de constantes humilhações por parte de seus superiores e de alguns colegas. "Eu era a única pessoa do departamento que, quando errava em algo, era chamada atenção de forma grosseira e na frente de todos os outros funcionários. Começaram a usar a desculpa que antes eu era melhor no trabalho. Será que era só porque antes eu não era trans?", questiona.

A universidade Fumec/FACE, que, através de nota (que você pode ler na íntegra no final desta notícia), esclareceu que a demissão “se deu por motivos profissionais, relacionados ao desempenho no trabalho, considerado, nos últimos meses, como insuficiente”. Na nota, ressalta-se ainda que “em nenhum momento houve situações de discriminação, exclusão ou mau tratamento”.

Giselle informou que pretende ver a possibilidade de recorrer à justiça. Ela também espera que a visibilidade de seu caso sirva como exemplo: “Espero que as empresas sejam mais evoluídas e tolerantes em relação às diferenças, principalmente as universidades, que deveriam ser um exemplo de respeito às diversidades. Sendo assim, muitas trans poderão ter uma vida digna, trabalhar e deixar de se prostituirem”.

2 comentários:

Raphael Martins disse...

Isso acontece um país que se auto-proclama como " em desenvolvimento " !!

Anônimo disse...

A verdadeira questão é erá verdade ou exagero por parte dele? Eu estudo na fumec e vi toda a transformaçao dela em Giselle. Essa mudança foi escolha dele e ninguem tem nada a ver com isso. Mas acho que usar a imagem de discriminado (pela propria sociedade) para acusar a faculdade de preconceito ja são outros quinhentos. Ele não tem provas concretas sobre isso. Alem de tudo ele tinha sido promovido, e quando a pessoa não atende às expectativas da promoção, a empresa tem todo direito de demitir. Estou a favor da fumec ja que ao meu ver a história é bem diferente....