Ativistas gays protestam 

durante a homilia do Papa

Ativistas gays em frente a Praça São Pedro no Vaticano

Cerca de 15 ativistas homossexuais se manifestaram em frente a praça  São Pedro no Vaticano durante a reza do Angelus pelo Papa Bento XVI, neste domingo,  16, que atacou recentemente os casamentos homoafetivos.

Portando cartazes com frases como: "Casamento gay", "O amor não tem barreiras",  "Ame o seu próximo", “Sou lésbica, não sou um perigo” e “Não as armas, sim aos direitos das pessoas”, os manifestantes pretendiam entrar na praça, mas foram impedidos pelos agentes da Polícia do Vaticano, que avançaram contra o grupo e tomaram os cartazes, além de deter os manifestantes durante uma hora.

O episódio não passou despercebido pela multidão de mais de 10 mil pessoas que se encontravam na praça.

Os manifestantes expressaram seu descontentamento com a mensagem do Papa Bento XVI de igualar o casamento gay a eutanásia e ao aborto, temas para a próxima 46ª Jornada Mundial da Paz, que a igreja católica celebrará no dia 1º de janeiro de 2013.

Na mensagem o Papa diz que "a estrutura natural do casamento deve ser reconhecida e promovida como a união de um homem e uma mulher, frente às tentativas de equipará-lo de um ponto de vista jurídico com formas radicalmente diferentes de união que, na verdade, danificam e contribuem para sua desestabilização, ofuscando seu caráter particular e seu papel insubstituível na sociedade".

Os principais jornais da Itália resumiram a mensagem dizendo que o pontífice considera os casamentos gays como um perigo para a paz mundial.

A polêmica foi ainda mais alimentada pela visita ao Vaticano da presidenta de Uganda, Rebecca Kadaga, que foi recebida pelo pontífice na sala Paulo VI e, que está prestes a sancionar uma lei, de autoria do deputado ugandense David Bahati, que pune a homossexualidade, em Uganda, com a pena de morte.

Vídeo da Polícia do Vaticano detendo os manifestantes.