Senado uruguaio aprova a lei
de casamento civil
igualitário
Sessão foi acompanhada por
representantes
de movimentos de defesa dos direitos dos homossexuais
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O Senado uruguaio aprovou, nesta terça-feira, 2, por 23
votos contra 8, a lei de casamento civil igualitário, antes aprovada por 81
votos contra 6 na Câmara dos Deputados, que na quarta-feira que vem votará as
modificações parciais introduzidas pelo Senado no debate desta terça.
O Uruguai se soma, assim, à Argentina, transformando-se
no segundo país da América Latina em que todas as pessoas têm direito a se
casar sem discriminação baseada na orientação sexual. O segundo país que torna
real, em relação ao casamento civil, o que diz a Declaração Universal dos
Direitos Humanos: “Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e
direitos. Todos são iguais perante a lei e, sem distinção, têm direito a igual
proteção da lei”.
No Brasil, graças às decisões corajosas de diferentes
órgãos do Judiciário, o casamento igualitário é realidade em vários estados:
São Paulo, Bahia, Sergipe, Piauí, Rio Grande do Sul, Brasília, Espírito Santo,
e em diferentes cidades do Oiapoque ao Chuí. Falta, agora, que o Congresso faça
sua parte e aprove uma lei federal ou uma emenda à Constituição que garanta
esse direito em todo o território nacional, para que os casais do Rio de
Janeiro tenham os mesmos direitos que os de São Paulo, e os de Pernambuco os
mesmos direitos que os da Bahia.
Os juízes estão fazendo, aos poucos, o que os
parlamentares deveriam ter feito há muito tempo. O Legislativo não pode
continuar se omitindo.
Eu fico muito feliz pelos
nossos irmãos da Argentina e do Uruguai,
disse o deputado federal Jean Wyllys.
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“Vamos fazer nosso trabalho! Eu me orgulho muito de
defender essa bandeira na Câmara dos Deputados desde o primeiro dia do meu
mandato, junto com a minha amiga e colega Érika Kokay e tantos outros
parlamentares de diferentes partidos. A campanha de apoio ao nosso projeto tem
a solidariedade e o compromisso dos artistas e de milhares de cidadãos e
cidadãs que participam em cada estado e em cada cidade, através de suas
organizações ou individualmente, nas redes sociais. Somos cada dia mais os que
queremos um Brasil mais justo e igualitário!” afirmou o deputado federal Jean
Wyllys.
“Eu fico muito feliz pelos nossos irmãos da Argentina e
do Uruguai, que já conquistaram esse direito, graças ao trabalho dos ativistas
e à coragem dos seus presidentes, Cristina Kirchner e Pepe Mujica, dois
cidadãos comprometidos com a igualdade e os direitos humanos” disse Wyllys.
“Por isso, apesar das diferenças políticas, gostaria de
ver a presidenta Dilma voltar às suas origens de luta e entender que há causas
coletivas que são suprapartidárias e precisam dos verdadeiros estadistas do
lado certo, do lado da História com maiúscula.
Fala, Dilma! Queremos igualdade também no Brasil!”complementou
o parlamentar.
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