sábado, 17 de março de 2012

Militante russo entra na Justiça contra deputado 
autor da lei antigay


Nikolai Alekseev (foto), líder do principal grupo russo de direitos LGBT, impetrou  uma ação judicial contra o deputado da Assembleia Legislativa de São Petersburgo, Vitáli Milonov. O deputado, autor de um polêmico projeto de lei antigay, terá que desembolsar uma indenização de um milhão de rublos, o equivalente a 61,4 mil dólares, caso perca a ação por danos morais. As informações são do site GayRussia.ru. 
 
Ainda de acordo com o site, que é dirigido por Alekseev, Milonov disse à imprensa que Alekseev “executa suas ações com dinheiro recebido do Ocidente”. O ativista afirma que a declaração do deputado é difamatória e atenta contra sua reputação, honra e dignidade, e solicita ao tribunal que obrigue Milonov a desmentir as informações divulgadas.
 
Em reportagem do jornal “The Moscow Times”, o deputado ainda chamou o ativista de “menina”. Segundo o periódico, Milonov disse que não sabia a idade de Alekseev, mas que “isso é algo que geralmente não se pergunta a meninas”.
 
No dia 29 de fevereiro, a Assembleia Legislativa de São Petersburgo causou polêmica ao aprovar, em última votação, o polêmico PL “contra a promoção da homossexualidade e pedofilia entre os menores de idade”.
 
No dia seguinte à votação, militantes do movimento LGBT russo postaram na internet um vídeo pedindo a Poltávtchenko, governador de São Petersburgo, que não sancionasse a lei. Contudo, ele não atendeu aos apelos dos militantes e, em 7 de Março, aprovou a lei, que prevê penalidades para a promoção da homossexualidade e da pedofilia entre menores de idade.
 
O texto da lei garante que ações públicas para a promoção de sodomia, lesbianidade, bissexualidade e transexualidade sejam penalizadas com multa de 5 mil rublos (cerca de R$ 300) para cidadãos comuns, 50 mil rublos (R$ 3 mil) para servidores públicos, e de 250 mil (R$ 15,3 mil) a 500 mil (R$ 30,6 mil) rublos para pessoas jurídicas.
 
Os ativistas contestam o projeto de lei, tendo em vista que ele não especifica o sentido do termo “promoção”, ou seja, poderá ser usado erroneamente para reprimir qualquer manifestação pública de homossexualidade – arte, filmes, literatura e até mesmo cobertura da imprensa para eventos do orgulho gay e protestos em prol da causa.

do LADO A

Um comentário:

Anônimo disse...

Enquanto isso no Brasil...


http://www.pragmatismopolitico.com.br/2011/06/trabalhador-homossexual-da-sadia-foi.html


De Amarildo