segunda-feira, 9 de maio de 2011

Nova pesquisa pode ajudar
no desenvolvimento
de vacina contra AIDS



Novas pesquisas com pacientes portadores do HIV (vírus da AIDS) desenvolvidas pela Universidade de Melbourne, na Austrália, podem ajudar no desenvolvimento de uma vacina eficaz contra a doença, segundo artigo publicado nesta sexta-feira (6/5) no periódico PNAS (Proceedings of the National Academy of Sciences).

Os pesquisadores, liderados pelo professor Stephen Kent, investigaram as propriedades de anticorpos humanos chamados ADCC em pacientes aidéticos, e descobriram que o vírus do HIV se muta e se transforma para escapar dos efeitos desses anticorpos. O professor Kent afirmou que o uso de anticorpos ADCC já era realizado nos remédios encontrados, mas que suas reais implicações ainda eram pouco compreendidas.

Os resultados mostram como o HIV pode ser evasivo, mas também mostra que esses anticorpos forçam o vírus a se transformar - em alguns casos que o fazem ficar mais fraco”, disse Kent.

O professor explicou também que sua pesquisa implica em uma nova tese de que caso os anticorpos ADCC fossem injetados no paciente antes da infecção, provavelmente poderiam impedir o vírus de agir, embora mais estudos precisem ser realizados.

O grupo do Departamento de Microbiologia da Universidade de Melbourne utilizou uma nova tecnologia para descobrir onde e como os anticorpos estavam atacando o vírus. Analisando amostras de sangue, os pesquisadores descobriram que o HIV evolui e sofre mutações para se esquivar dos anticorpos, que tentam controlar o vírus.

Kent e sua equipe também analisaram como o vírus mudava sua sequência genética para evitar uma resposta do sistema imune humano. “Há uma necessidade urgente de se identificar um sistema de imunidade eficaz contra o HIV, e nosso estudo sugere justamente que o ADCC supre o sistema imune eficientemente contra o vírus”, disse o Doutor Ivan Stratov, co-autor da pesquisa.

Agora, o time de pesquisadores focará seus estudos no desenvolvimento de uma nova vacina contendo anticorpos ADCC que dificultem esse processo de mutação do HIV.

Fonte: Revista Época

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