Militantes homossexuais de
Curitiba recebem ameaças
de morte
Ativistas LGBTs |
Conforme divulgado na mídia,
15 ativistas LGBTs de Curitiba sofreram ameaças de morte. As intimidações foram
recebidas por telefone, e-mail e redes sociais.
"A primeira ameaça que eu
recebi foi no dia das eleições. Na hora não liguei, mas na segunda-feira
seguinte ele voltou a ligar e disse que sabia onde eu morava e que iria me
matar. Fui direto para o primeiro distrito policial. Depois comentei com outras
pessoas e percebemos que as ameaças eram muito parecidas. Falam que estamos
destruindo a família e que devemos morrer", comentou Toni Reis, presidente
da ABGLT e uma das pessoas ameaçadas.
"Algumas pessoas são
menos conhecidas e estão bem amedrontadas. Ameaçaram duas lésbicas, por
exemplo, dizendo que iriam fazer um estupro coletivo e colocar objetos nos
órgãos sexuais delas. As palavras eram de baixo calão, um horror",
completou.
A Secretaria de Direitos
Humanos (SEDH) da Presidência da República enviou uma missão especial à Curitiba,
composta pela Coordenadora-Geral da Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos,
Irina Bacci, pelo Coordenador-Geral do Programa de Proteção aos Defensores de
Direitos Humanos, Igo Martini, e por mais três integrantes da equipe técnica do
Programa de Proteção.
A missão envolveu audiências
com autoridades do governo estadual, incluindo a secretária da Justiça,
Cidadania e Direitos Humanos (Seju), Maria Tereza Uille Gomes, e com os
responsáveis pela segurança pública. Os processos foram encaminhados para o
Centro de Operações Policiais Especiais (Cope), da Polícia Civil.
Será criado um Comitê Interinstitucional
composto por várias secretarias e ativistas de direitos humanos para acompanhar
as denúncias.
A ABGLT comunicou que as
denúncias serão enviadas também ao governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), ao
Ministério Público e à Polícia Federal. Os ativistas pretendem, ainda, pedir
uma audiência pública na Assembleia Legislativa do Paraná para discutir a
questão.
O Paraná registrou 419
violações contra o público LGBT em 2011, conforme consta no Relatório sobre
Violências Homofóbicas no Brasil, publicado pela SEDH em julho de 2012.
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