quarta-feira, 10 de outubro de 2012


Seminário para “curar” 
a homossexualidade gera 
polêmica no Chile

O livro "Compreender e curar a homossexulidade"
Uma manifestação pacífica foi realizada na manhã desta terça-feira, 9, na frente do prédio da Universidade Católica do Chile para protestar contra o polêmico seminário sobre a homossexualidade realizado naquela instituição.

O aspecto mais controvertido do evento  é a exposição de terapias para “curar” a homossexualidade,  através da apresentação do livro "Compreender e curar a homossexualidade", de Richard Cohen.

O encontro, organizado pela ONG de Pesquisa, Formação e Estudos sobre a Mulher (Isfem) e do Centro de Estudos  para o Direito e a Ética Aplicada da universidade,  causou  indignação entre os  grupos de minorias sexuais e estudantes, que rejeitaram a forma como o tema foi abordado.

Por este motivo realizaram uma manifestação pacífica do lado de fora da Universidade Católica, na qual participaram os membros da Fundação Igual, o Movimento de Integração e Libertação Homossexual (MOVILH), bem como os estudantes.

O presidente da Fundação Igual disse, via Twitter, que "este seminário  atenta contra  a dignidade das pessoas LGBT" e afirmou que "a liberdade de expressão limita à dignidade dos outros."

O escritor também pediu a renuncia do secretário-geral da instituição, Mario Correa, a quem descreveu como o "arquiteto do seminário discriminatório".

Enquanto, porta-voz do Movilh, Jaime Parada, disse que "é uma vergonha o que está acontecendo na UC" e exigiu "desculpas públicas" da universidade.

O fato também foi criticada pelo ex presidente da Federação de Estudantes da Universidade Católica (FEUC), Giorgio Jackson, que transmitiu o encontro através do Twitter.

O ex-dirigente estudantil disse que "nos anos 50 e 60 haviam seminários para discutir a inferioridade intelectual dos  afroamericanos" e que "agora não podemos ter que tolerar tanto" . Também ironizou dizendo que "para o próximo #seminarioPUC  o doutor de Michael Jackson  se referirá como "curar-se” de ser moreno ou afroamericanos."

O fato também foi amplamente comentado nas redes sociais, onde os internautas postaram  comentários como:  "O próximo seminário da #PUC  será para discutir se as mulheres e indígenas têm alma de verdade".

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