Genocídio gay
continua no Brasil
Contabiliza já a quantidade de 165 o número de gays
assassinados no Brasil, no primeiro semestre de 2012, conforme levantamento
feito pelo Grupo Gay da Bahia (GGB). A entidade informa que o número é 28% maior
do que o mesmo período do ano de 2011. Em valores absolutos, São Paulo lidera o
ranking de mortes motivadas por homofobia com 19 casos; seguido pela Paraíba
com 15, Bahia com 14, Paraná e Piauí com 10 casos e Rio de Janeiro com 9. Não
foram contabilizados os assassinatos dos estados de Roraima e Acre.
Proporcionalmente, a Paraíba seria o estado mais
homofóbico do Brasil por ter uma população dez vezes menor que São Paulo e
registrado 15 assassinatos, segundo avaliação da entidade. O Nordeste é
considerado a região mais perigosa para os homossexuais por concentrar 1/4 dos
crimes.
O relatório ainda aponta que os crimes de ódio vitimaram na maioria dos casos
gays. Foram, 52% do total das 165 mortes. Em seguida vem as travestis, 41% das
vítimas. Proporcionalmente, as travestis e transexuais, representariam o grupo
mais vulnerável, pois não chegam a 1 milhão de pessoas.
“Tais assassinatos refletem sempre grave discriminação anti-homossexual,
devendo ser considerados crimes de ódio, motivados pela homofobia cultural que
encara os gays e travestis como delinquentes. Prova disto é que são mortas mais
travestis do que mulheres prostitutas”, declarou Luiz Mott, fundador do GGB e
coordenador da pesquisa.
Mott explicou que a entidade realiza o levantamento dos crimes homofóbicos pelo
fato de não haver esse tipo de serviço feito pelo Governo brasileiro. Por essa
razão o GGB criou um novo site Quem a homofobia
matou hoje, que receberá informações e denúncias sobre violência contra
homossexuais.
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