sexta-feira, 6 de julho de 2012


Genocídio gay 
continua no Brasil


Contabiliza já a quantidade de 165 o número de gays assassinados no Brasil, no primeiro semestre de 2012, conforme levantamento feito pelo Grupo Gay da Bahia (GGB). A entidade informa que o número é 28% maior do que o mesmo período do ano de 2011. Em valores absolutos, São Paulo lidera o ranking de mortes motivadas por homofobia com 19 casos; seguido pela Paraíba com 15, Bahia com 14, Paraná e Piauí com 10 casos e Rio de Janeiro com 9. Não foram contabilizados os assassinatos dos estados de Roraima e Acre.

Proporcionalmente, a Paraíba seria o estado mais homofóbico do Brasil por ter uma população dez vezes menor que São Paulo e registrado 15 assassinatos, segundo avaliação da entidade. O Nordeste é considerado a região mais perigosa para os homossexuais por concentrar 1/4 dos crimes.

O relatório ainda aponta que os crimes de ódio vitimaram na maioria dos casos gays. Foram, 52% do total das 165 mortes. Em seguida vem as travestis, 41% das vítimas. Proporcionalmente, as travestis e transexuais, representariam o grupo mais vulnerável, pois não chegam a 1 milhão de pessoas. 

Tais assassinatos refletem sempre grave discriminação anti-homossexual, devendo ser considerados crimes de ódio, motivados pela homofobia cultural que encara os gays e travestis como delinquentes. Prova disto é que são mortas mais travestis do que mulheres prostitutas”, declarou Luiz Mott, fundador do GGB e coordenador da pesquisa.


Mott explicou que a entidade realiza o levantamento dos crimes homofóbicos pelo fato de não haver esse tipo de serviço feito pelo Governo brasileiro. Por essa razão o GGB criou um novo site Quem a homofobia matou hoje, que receberá informações e denúncias sobre violência contra homossexuais.

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