Governo indiano compra
cartas que comprovariam
a bissexualidade
de Mahatma Gandhi
Mahatma Gandhi e Hermann Kallenbach.
Líder pacifista que lutou pela
independência da Índia, Mahatma Gandhi, morou na África do Sul, e após se
separar da esposa Kasturbai Makhanji, em 1908, com quem casou ainda
adolescente, teve um relacionamento de dois anos com o fisioculturista Hermann
Kallenbach.
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A correspondência, que reúne
também cartas escritas pelos filhos, amigos e outros parentes de Gandhi, seria
leiloada em Londres, mas negociações com o governo indiano cancelou o leilão.
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Os documentos foram encontrados na casa da sobrinha-bisneta de Kallenbach e
aquecem a discussão sobre a sexualidade de Gandhi, levantada pelo jornalista
britânico Joseph Lelyveld, que fala sobre a relação homossexual de Gandhi com
Kallenbach na biografia Great Soul (Mahatma Gandhi – E Sua Luta com a Índia,
o título em português), lançada no ano passado. A versão em português chegou às
livrarias pela editora Companhia das Letras em 25 de junho.
O texto reúne juras de amor trocadas entre o líder pacifista e o arquiteto, que
se conheceram em 1904 durante passagem de Gandhi pela África do Sul. “Você
tomou posse do meu corpo. Isso é uma escravidão violenta”, escreveu Gandhi para
Kallenbach de acordo com Lelyveld.
Eles se separaram em 1914 quando Gandhi teve que voltar para a Índia e
Kallenbach foi impedido de acompanhá-lo por causa da Primeira Guerra Mundial.
Mesmo assim, eles permaneceram em contato através das cartas.
Em uma negociação privada com
a família de Kallenbach, foram compradas pelo Ministério da Cultura indiano por
700.000 libras (2 milhões), segundo reportagem do site do jornal britânico The
Daily Mail.
Os documentos não foram a leilão
como era previsto pela empresa Sotheby's. O ministro indiano afirmou que
a coleção irá para o Arquivo Nacional, será pesquisada e contará mais sobre a
intimidade de Gandhi. Resta saber se os documentos revelarão algo sobre a
sexualidade deste herói mundial e se, caso confirmado, se a verdade será
revelada.
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