Exposição no Rio retrata participação de mães de filhos gays
na luta contra a homofobia
Começou no final da tarde desta quarta-feira (2), no Rio de
Janeiro, a exposição de fotos "Mães pela Igualdade" que retrata a
participação de mulheres de todo o Brasil na luta pela igualdade de direitos
dos filhos gays, lésbicas, travestis e transexuais, principalmente contra a
homofobia. São 22 mulheres que resumem nas frases gravadas nas imagens as
alegrias e dificuldades de ser mãe de um filho homossexual no país.
Organizada pela ONG internacional AllOut, a exposição,
segundo a diretora Flávia Abrantes, é mais um passo para o combate a homofobia
no Brasil e a aprovação de leis que atuem neste objetivo.
“O movimento é uma luta global para remover as barreiras legais e culturais que
impedem as pessoas de viver abertamente, casar com quem elas amam. A campanha "Mães pela Igualdade" é parte disso. O Brasil é campeão mundial de crimes
homofóbicos. Nós precisávamos de uma campanha que elevasse a discussão para
além do que já existia. A necessidade de uma legislação que criminalize a
homofobia. As 'Mães pelas Igualdade' são mulheres comuns, não são mulheres
famosas, mães que estão lutando pelos direitos dos filhos e dos filhos de
outras mães. Mães que tiveram seus filhos assassinados em crimes que estão
impunes. A campanha fala desse amor de mãe, o amor incondicional”, relatou.
“Queria gritar para ouvirem a minha dor. Meu filho, meu
menino, tinha sido espancado até a morte. Enquanto batiam nele, os meninos
gritavam que estavam matando a franga. Eu, mãe e heterossexual, também fui
vítima da homofobia”, lembra Eleonora Pereira, 46 anos, um ano depois dos
ataques que mataram o mais novo de seus três filhos. “José Ricardo deixou uma
saudade cheia de revolta”, diz.
Expostas ao ar livre, as fotos seguem na Praça 15, no Centro
do Rio, até o próximo dia 8 e depois seguem para outros locais da cidade até o
final do mês das mães. A iniciativa é apoiada pela Coordenadoria Especial da
Diversidade Sexual (CEDS) da Prefeitura do Rio. Um segurança ficará 24 horas
por dia cuidando para que os painéis não sejam depredados.
A partir do dia 9 segue em exposição no Leblon, na Praça
Antero de Quental. A partir do dia 16, as fotos ficam expostas na Praça Saens
Pena, na Tijuca e, por fim, a partir do dia 23, no Centro Cultural AfroReggae, em Vigário Geral.
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