Papa diz que igreja não pode “interferir espiritualmente”
na vida de gays
Papa Francisco |
O papa Francisco afirmou que a igreja tem o direito de
expressar suas opiniões, mas não deve "interferir espiritualmente" na
vida de gays e lésbicas. A entrevista do pontífice foi publicada na última
quarta-feira (18), no jornal jesuíta "La Civiltà Cattolica".
Francisco já afirmou sofre a questão da homossexualidade, dizendo que “os gays não devem ser julgados”.
"Uma pessoa me perguntou uma vez, em tom
provocativo, se eu aprovava o homossexualismo", disse.
"Eu respondi com uma pergunta: Quando Deus olha para
uma pessoa gay, ele reconhece a existência desta pessoa com amor, ou a rejeita
e condena? Sempre precisamos considerar esta pessoa".
Indagado pelo repórter sobre quem é Jorge Mario Bergoglio
(seu nome de batismo), o papa respondeu que é "um pecador".
"Essa é a melhor definição. Não é uma figura de linguagem, eu sou um
pecador".
Francisco disse ainda que a igreja por vezes "se
fechou em torno de coisas pequenas". "Coisas de mentes pequenas. O
povo de Deus quer pastores, não clérigos agindo como burocratas ou
políticos".
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