segunda-feira, 4 de abril de 2011

No Brasil o percentual de LGBT
assassinados é de 31% em 2010

Assassinatos de gays no país é genocídeo, diz Mott.

O número de assassinatos de pessoas LGBT no Brasil cresceu 31,3% em 2010 em relação a 2009, quando o número foi de 198 – segundo o relatório anual do Grupo Gay da Bahia (GGB) divulgado nesta segunda-feira, 4. O levantamento é o único do tipo realizado no Brasil, desde 1980, e apontou que no ano passado foram assassinados 260 LGBT, colocando o país no topo da lista dos que mais matam LGBT.

O Estado da entidade é o que aparece em primeiro lugar como o que mais matou a população da diversidade sexual: foram 29 ocorrências. Alagoas aparece em segundo lugar, com 24. Já o terceiro lugar deu empate entre São Paulo e Rio de Janeiro, com 23 assassinatos cada.

Somente no Nordeste estão 43% dos casos contabilizados pelo GGB, o que faz com que o risco de morte na região seja, por exemplo, 80% maior do que no Sudeste, que registra 27%. O Sul aparece com 9%, contra 10% no Centro-Oeste e 10% no Norte. Segundo o Grupo Gay da Bahia, somente nestes três primeiros meses de 2011 a entidade já recebeu pelo menos 65 novos casos.

Com essa estatística, o risco de um LGBT ser morto no Brasil é 785% maior do que nos Estados Unidos, que ocupa o segundo lugar de países que mais matam quem não é heterossexual. “O aumento de 113% de assassinatos nos últimos cinco anos é genocídio! O Brasil tornou-se o epicentro mundial de crimes contra homossexuais”, alerta Luiz Mott, fundador do GGB.

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