O presidente francês, François
Hollande fez um pedido na ONU para descriminalizar a homossexualidade no mundo
François Hollande, presidente francês. |
O Presidente da República Francesa,
François Hollande, nesta terça-feira, 25, em seu discurso na Assembléia Geral
da ONU, falou da intenção da França de continuar lutando pela descriminalização
universal da homossexualidade. Hollande parece levar-se assim o compromisso de
Louis-George Tin, fundador do Dia Internacional Contra a Homofobia e Transfobia
(IDAHO, na sigla).
A França, é bom lembrar, já
foi uma das promotoras da histórica declaração a favor da descriminalização
universal da homossexualidade na Assembléia Geral das Nações Unidas em dezembro
de 2008, que, no entanto, não passava de uma simples recomendação. "Exortamos
os Estados a tomarem todas as medidas necessárias, legislativas ou
administrativas, para garantir que a orientação sexual ou identidade de gênero
não fosse, sob qualquer circunstância, a base para uma ação penal, em especial
as execuções, prisões ou detenções" expressava o documento, sendo apoiado
por 66 estados. Porém, os países de maioria muçulmana, os EUA, a Rússia e a China não assinaram. Nem a representação permanente da Santa Sé nas
Nações Unidas assinou, que de fato liderou o movimento diplomático do contra. Os
Estados Unidos assinou após a posse do presidente Obama.
Tin e outros ativistas LGBT
tentam agora que a ONU adote uma posição mais firme, e tudo aponta que a França
liderará o esforço. "A França quer ser exemplo, não para ensinar, mas
porque é a história dela, é sua mensagem. Exemplo a favor das liberdades
fundamentais: é a sua luta, é também sua honra. E a razão é porque a França vai
continuar a travar essas batalhas: a abolição da pena de morte, o direito das
mulheres à igualdade e dignidade, a
descriminalização universal da homossexualidade, o que não pode ser reconhecida
como um crime, mas sim como um reconhecimento de orientação", disse Hollande
em seu discurso.
"Todos os países têm a
obrigação de garantir a segurança dos seus cidadãos. Se um adere a esta
obrigação, como uma nação, então é imperativo que as Nações Unidas forneça os recursos necessários para garantir isso", afirmou o presidente francês.
A presidenta do Brasil, Dilma
Rousseff, que também discursou na ONU, mas uma vez emudeceu em relação a este
assunto. Ignorando que o Brasil é o país onde mais se mata LGBTs no mundo, tendo como causa o crescimento da
homofobia no país.
Nenhum comentário:
Postar um comentário