sábado, 29 de setembro de 2012


O presidente francês, François Hollande fez um pedido na ONU para descriminalizar a homossexualidade no mundo

François Hollande, presidente francês.

O Presidente da República Francesa, François Hollande, nesta terça-feira, 25, em seu discurso na Assembléia Geral da ONU, falou da intenção da França de continuar lutando pela descriminalização universal da homossexualidade. Hollande parece levar-se assim o compromisso de Louis-George Tin, fundador do Dia Internacional Contra a Homofobia e Transfobia (IDAHO, na sigla).

A França, é bom lembrar, já foi uma das promotoras da histórica declaração a favor da descriminalização universal da homossexualidade na Assembléia Geral das Nações Unidas em dezembro de 2008, que, no entanto, não passava de uma simples recomendação. "Exortamos os Estados a tomarem todas as medidas necessárias, legislativas ou administrativas, para garantir que a orientação sexual ou identidade de gênero não fosse, sob qualquer circunstância, a base para uma ação penal, em especial as execuções, prisões ou detenções" expressava o documento, sendo apoiado por 66 estados. Porém, os países de maioria muçulmana, os EUA, a Rússia e a China não assinaram. Nem a representação permanente da Santa Sé nas Nações Unidas assinou, que de fato liderou o movimento diplomático do contra. Os Estados Unidos assinou após a posse do presidente Obama.

Tin e outros ativistas LGBT tentam agora que a ONU adote uma posição mais firme, e tudo aponta que a França liderará o esforço. "A França quer ser exemplo, não para ensinar, mas porque é a história dela, é sua mensagem. Exemplo a favor das liberdades fundamentais: é a sua luta, é também sua honra. E a razão é porque a França vai continuar a travar essas batalhas: a abolição da pena de morte, o direito das mulheres à igualdade e dignidade,  a descriminalização universal da homossexualidade, o que não pode ser reconhecida como um crime, mas sim como um reconhecimento de orientação", disse Hollande em seu discurso.

"Todos os países têm a obrigação de garantir a segurança dos seus cidadãos. Se um adere a esta obrigação, como uma nação, então é imperativo que as Nações Unidas forneça  os recursos necessários para garantir isso", afirmou o presidente francês.

A presidenta do Brasil, Dilma Rousseff, que também discursou na ONU, mas uma vez emudeceu em relação a este assunto. Ignorando que o Brasil é o país onde mais se mata LGBTs no mundo, tendo como causa o crescimento da homofobia no país.

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