terça-feira, 17 de setembro de 2013

Cris Stefanny cobra da administração pública direitos iguais para o segmento LGBT

Cris é coordenadora da Parada Gay de Campo Grande
A militante e ativista dos direitos das pessoas travestis e transexuais do estado do Mato Grosso do Sul, Cris Stefanny, que também é coordenadora da Parada do Orgulho LGBT de Campo Grande e Presidente da Articulação Nacional das Travestis e Transexuais - ANTRA, declarou à mídia que se a Prefeitura de Campo Grande doou verba para a Marcha para Jesus, tem que doar também para a Parada Gay.

A administração pública é para todos. Se a prefeitura colabora com um segmento, ela tem que colaborar com outro. Senão ela está sendo desproporcional e discriminatória”, avaliou. Cris Stefanny afirmou ter informações de que a Fundação de Cultura (Fundac) e a Prefeitura de Campo Grande arcaram com gastos da Marcha para Jesus.

Stefanny afirmou que “Prefeituras do interior cederam ônibus escolares para trazer os fiéis para a Marcha. Os ônibus são para os estudantes. As caravanas do interior que vêm para a Parada Gay alugam van”.

Não acho errado apoiarem a Marcha para Jesus, pelo contrário. Só acho que nós também merecemos receber o apoio, assim como o dia da Consciência Negra, o dia Internacional da Mulher, e outros movimentos sociais. Ou ajuda todos ou nenhum”, comentou.

Durante seus comentários Cris Stefanny lembrou ao prefeito Alcides Bernal (PP), que ele foi eleito com votos da periferia. “Dos votos que ele ganhou da periferia, muitos são de homossexuais, travestis, que dependem da prostituição para sobreviver. Campo Grande é uma cidade plural, com uma diversidade muito grande e essa diversidade tem que ser atendida”.

Cris frisou ainda que o estado é laico e que além de evangélicos existem budistas, espíritas, muçulmanos, dentre outras religiões que também deveriam ter o apoio da Prefeitura.

Parada Gay

Após receber críticas de que a Parada Gay é só festa e não tem conscientização política, Cris Stefanny fez questão de enumerar as ações que são realizadas durante o evento. “Oferecemos testes rápidos anti HIV, hepatites e sífilis, distribuímos preservativos, materiais didáticos e pedagógicos que orientam para os riscos sexuais. Até apresentações de teatro que ajudam no combate à violência e ao preconceito são realizados”, relatou.

Há também uma arrecadação de quilos de alimentos para doação para casa de apoio a crianças com Aids.“Depois de fazer tudo isso merecemos nos divertir na festa no final da Parada. Assim como o pessoal da Marcha para Jesus, depois de todas as ações que eles fazem, têm o momento de diversão no final, nós também temos”, finalizou.

Fonte: midiamax


2 comentários:

LGBT de Picos disse...

Sou contra Parada gay, mas a favor da Parada da Cidadania e da Diversidade, não sou Presidente da Articulação Nacional de Travestis e Transexuais, mas da Associação Nacional de Travestis e Transexuais!

Não representante e defenssora somente das Travestis e Transexuais, mas de todas as pessoas LGBT de MS, onde todas as ONGs, Leis e ações governamentais hoje existentes, é graças as minhas ações e trabalho.

Anônimo disse...

Sou contra Parada gay, mas a favor da Parada da Cidadania e da Diversidade, não sou Presidente da Articulação Nacional de Travestis e Transexuais, mas da Associação Nacional de Travestis e Transexuais!

Não representante e defenssora somente das Travestis e Transexuais, mas de todas as pessoas LGBT de MS, onde todas as ONGs, Leis e ações governamentais hoje existentes, é graças as minhas ações e trabalho.